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Sexta-feira, Dezembro 13, 2024

RRRCiclo: cria mantas e cabides a partir de máscaras e resíduos têxteis

Economia

Guimarães vai distribuir um total de 5.000 cabides, 2.000 suportes de telemóvel, 140 mantas e 800 sacos, sendo estes bens feitos a partir de resíduos de máscaras cirúrgicas e de materiais têxteis pós-consumo. A iniciativa é da responsabilidade do Município e do Laboratório da Paisagem e surge integrada na estratégia de economia circular RRRCiclo.

A acção vai apoiar abrigos animais, diferentes associações de comerciantes locais, bem como instituições de ensino, em particular as escolas de Pevidém e Taipas, onde vão ser distribuídos 2.000 suportes de telemóvel. O objectivo é premiar os alunos que mais contribuíram para a separação selectiva de máscaras no projecto “Recolher e Valorizar”, que teve início em 2021. Serão ainda colocados quatro contentores para resíduos têxteis nas escolas secundárias, de forma a promover a recolha selectiva destes resíduos, possibilitando a sua valorização.

📸 Direitos Reservados

“Cada europeu produz 11kg por pessoa por ano de resíduos têxteis, em Guimarães esse valor é superior e chega a 17kg.”

A chefe de divisão dos Serviços Urbanos e vice presidente do Laboratório da Paisagem, Dalila Sepúlveda, explica que “um dos impactos da pandemia foi a produção de mais um tipo de resíduo, as máscaras descartáveis. Daí, em Janeiro de 2021, foram colocados ecopontos nas escolas EB 2,3 do concelho de Guimarães destinados à recolha de máscaras comunitárias e descartáveis, com o mote ‘separar para valorizar'”.

Quanto aos resíduos têxteis, a responsabilidade alertou que “5% dos resíduos do nosso lixo comum indiferenciado são resíduos têxteis, antes e pós consumo”. Acrescentou, ainda, que, “em média, cada europeu produz 11kg por pessoa por ano de resíduos têxteis, em Guimarães esse valor é superior e chega a 17kg. Daí que é uma matéria importante para o Município, conhecer, tratar e valorizar, até porque o consumo de têxteis na UE é o factor que tem o quarto maior impacto no ambiente e nas alterações climáticas, a seguir à alimentação, habitação e mobilidade”.

Integrando vários parceiros, como a To Be-Green e o CVR – Centro para a Valorização de Resíduos e a Vitrus Ambiente, foi possível recolher entre 25 e 28 mil máscaras descartáveis. Estas permitiram o desenvolvimento dos cabides e dos suportes de telemóvel que vão ser, agora, entregues pelo Município e pelo Laboratório da Paisagem. Relativamente aos resíduos têxteis, já foram processadas para reciclagem entre 20 e 25 toneladas de vestuário pós-consumo.

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