Nuno Vieira e Brito, tomou posse como presidente da Comissão Política Concelhia do CDS/PP de Guimarães. O líder nacional do partido Francisco Rodrigues dos Santos esteve presente.
Guimarães, agora!, quis saber o que pensa o novo líder do CDS/PP sobre o seu partido, num tempo em que as sondagens não são favoráveis e as transformações internas procuram afirmar e cristalizar novas lideranças; também faz a sua análise sobre a situação política local e o papel da oposição, esclarecendo a sua posição sobre a Coligação Juntos por Guimarães, formada com o PSD; por último, Nuno Vieira e Brito aborda a governação municipal e socialista, liderada por Domingos Bragança.
Para facilitar a sua leitura, a entrevista será publicada, sucessivamente em três dias, e em três capítulos, precisamente os temas da entrevista. Mas fique a saber os destaques dos próximos capítulos:
- A coligação com o PSD é um projecto de ideias e propostas para construir e desenvolver Guimarães;
- Neste importante período de desenvolvimento nacional e internacional, poderíamos ser já um concelho onde existisse mais crescimento, mais inovação, mais cultura, mais emprego e menos salários baixos;
- Guimarães que não capta população, não qualifica ou remunera adequadamente os seus munícipes (por falta de políticas de atracção de investimento melhor qualificado) e não desenvolve políticas de transparência e igualdade de oportunidades;
- Nestes momentos de particular preocupação de pandemia, as atitudes tem sido errantes;
- Espero muito e vejo pouco ou nada (sobre o gabinete de crise);
- Não me preocupa que a UMinho colabore activamente com a CM de Guimarães. Estranho é que não se procure outras fontes de conhecimento, a nível nacional ou internacional;
O partido: os militantes e o valor do CDS/PP em termos eleitorais
Era inevitável o seu regresso à política local activa?
De todo, não tenho qualquer sentimento de inevitabilidade ou messianismo, quer relativamente a mim como a qualquer outra pessoa.
“Entendi que, dado o percurso que tive a nível político e não ter uma perspectiva de recusar desafios difíceis, deveria aceitar…”
O que o moveu para liderar a comissão política em tempo de contra-maré?
O pedido de muitos dirigentes actuais e passados do CDS, que de forma intensa, entenderam que seria, para este momento, a pessoa melhor colocada para representar o partido a nível concelhio. Pessoalmente, entendi que, dado o percurso que tive a nível político e não ter uma perspectiva de recusar desafios difíceis, deveria aceitar. Por fim, uma Comissão Política Concelhia que integrasse todas as pessoas de boa vontade, dispostas a ajudar.
Como encontrou o CDS/PP, em Guimarães?
O CDS passou recentemente por momentos complicados a nível nacional, que se reflectiram em todas as estruturas concelhias. Guimarães é uma concelhia importante, mas também não ficou imune a estes tempos, independentemente do esforço e boa vontade dos antigos protagonistas políticos.
O seu partido parece não ser um partido de militantes, tem apenas os que são necessários para preencher os lugares nos órgãos do partido?
Não tenho de todo essa percepção. Aliás, o CDS não é, nem nunca foi um um partido de lugares, muito menos em Guimarães.
Sabe quanto vale o seu partido em termos eleitorais?
É de conhecimento geral as votações nas últimas eleições, locais e nacionais, e compete a todos os simpatizantes e militantes contribuir para que a nossa mensagem de democracia social, que produza riqueza para a distribuir, que proteja os mais fracos e que não tenha uma visão de engordar os interesses corporativista e de um Estado pesado e ineficiente, tenha cada vez mais adesão.
É normal que num partido tão pequeno, continue a falar-se de alas e tendências, dá a ideia de que cada militante e dirigente é uma tendência?
Tenho simpatia pela diversidade de opiniões, permitindo uma decisão mais esclarecedora, mas não considero necessário que se agrupem em alas ou tendências, que, se mal orientadas, não contribuem para uma maior riqueza de diálogo e fortalecimento de convicções.
* Parte I de III
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