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Sexta-feira, Abril 26, 2024

“O nosso projecto é outro, pretende atrair investimento e reduzir o enorme esforço dos vimaranenses para habitar, investir e trabalhar em Guimarães”

O líder do CDS/PP aposta em mostrar a diferença com a governação socialista e colocar-se ao lado dos vimaranenses que fazem um esforço enorme para habitar em Guimarães. Acredita que se pode fazer mais e melhor e sobre o “Gabinete de Crise” e suas propostas, Nuno Brito espera muito dele mas “vejo pouco ou nada”.

| A governação municipal e socialista |

Concorda que a governança socialista liderada por Domingos Bragança tem sido a melhor para Guimarães?

O nosso projecto é outro, que pretende trazer e construir valor, atraindo investimento e reduzindo o enorme esforço que os vimaranenses fazem para habitar, investir ou trabalhar em Guimarães. Pode-se fazer mais e melhor. Aliás, nestes momentos de particular preocupação de pandemia, as atitudes tem sido errantes (veja caso de Multiusos), tal como a ausência de brigadas para apoio a lares, apoio ao comércio local e a implementação de um plano de apoio e desenvolvimento concelhio.

© GA!

O que tem sido melhor: a prestação de António Monteiro de Castro – o único vereador do CDS/PP no órgão executivo municipal ou a governação do PS/Domingos Bragança?

O Engº Monteiro de Castro é um distinto militante e quadro do CDS, com um notável percurso e que poderia ter sido, se assim o entendesse, um elemento destacado na governação da Câmara Municipal, no tempo do Dr. António Magalhães. Este reconhecimento pelo PS a um adversário político é a melhor resposta a essa pergunta.

“Consideramos importante o apoio da iniciativa privada e do terceiro sector que substitui positivamente o peso absurdo do Estado e dos impostos…”

Sente-se a falta de um deputado da CDU, na Câmara?

O CDS e a CDU confluem nalgumas preocupações, principalmente nas que se revêem com as necessidades de uma maior dignidade aos mais desfavorecidos, à melhor remuneração dos menos qualificados, mesmo, a alguns aspectos relacionados com os agricultores e a produção local. Divergimos, todavia, nas soluções, dado que consideramos que não é uma intervenção do Estado que tudo resolve, mas sim um estimulo ao empreendedorismo, às melhores condições de investimento, à criação de riqueza para uma justa distribuição. Consideramos importante o apoio da iniciativa privada e do terceiro sector que substitui positivamente o peso absurdo do Estado e dos impostos. Assim, as preocupações estão presentes na Câmara, mas com soluções diferentes. Preferia mais um vereador do CDS mas admito que seria interessante que os eleitores de esquerda considerassem oportuno substituir um dos seus vereadores pela CDU, por não se sentirem totalmente representados.

“Estranho é que não se procure outras fontes de conhecimento, a nível nacional ou internacional…”

A constituição do gabinete de crise foi polémica, não pelos seus objectivos e propósitos mas pela entrega da sua liderança, a um não eleito pelos vimaranenses. E a outorga de poderes, de forma indirecta à UMinho. Que leitura faz deste episódio? O que espera deste gabinete de crise?

Espero muito e vejo pouco ou nada. Mais do que o protagonista, que agora até se encontra em lugar privilegiado para a concretização deste plano não existindo escusa para o seu cumprimento, ou às movimentações de poder dentro do PS, gostaria que as medidas fossem concretizadas e tivessem um significativo desenvolvimento em Guimarães (pelo que teriam de ser as mais adequadas e eficazes). Infelizmente, não encontro sinais nesse sentido. Não me preocupa que a UMinho colabore activamente com a CM de Guimarães. Estranho é que não se procure outras fontes de conhecimento, a nível nacional ou internacional, que nos permita construir uma sociedade mais inovadora, cosmopolita e atractiva. Mesmo no conhecimento sabemos que a diversidade de opiniões é factor de desenvolvimento.

De que modo tem seguido a gestão autárquica?

Para além do que é transmitido, faço-o em estreita colaboração com o vereador do CDS, Engº Monteiro de Castro e o líder parlamentar, Dr. Paulo Peixoto, que é vice-presidente da CPC. Em todos as situações, têm a amabilidade de informar e questionar estratégias, numa proximidade que considero exemplar e profundamente ética.

* Parte III de III

© 2020 Guimarães, agora!

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