O que aconteceu a Luís Montenegro é o ‘pão nosso de cada dia’ na vida política portuguesa. Os actuais “chefes” dos partidos a nível nacional e local, são solitários e julgam-se uma espécie inatacável de sabedores. E os “escolhidos” ou “providenciais”…
Pior, fazem tudo girar em seu redor, não se comportam como verdadeiros estadistas, querem tudo à sua imagem e semelhança: são tacticistas, controladores, não confiam nos seus “ajudantes” e julgam que dominar órgãos de Governo (do poder central e local) desde a compra de uma esferográfica à decisão de fazer um novo Aeroporto, é marca e sinal do seu poder.
O Primeiro-Ministro em funções desperdiçou tudo o que de bom fez na sua governação com a persistência em esconder o ‘sol com a peneira’, impondo escrutínios à peça e a retalho, tapando os pés e a cabeça com uma manta que sempre se revelou curta.
Julgando-se donos de um poder que não é absoluto, tão circunstancial e passageiro.
Luís Montenegro é o paradigma dos líderes actuais – que enredam à sua volta uma corte de gente dispensável, nem sempre a mais competente, quase sempre a beijar a mão, julgando-se donos de um poder que não é absoluto, tão circunstancial e passageiro.
Reduzem à sua imagem e semelhança o poder da decisão, não descentralizando, nem confiando, sem perceber que é preciso saber estar acima dos seus ditos subordinados, com respeito, autonomia porque não há – nem haverá homens providenciais.
E, sobretudo, ninguém vive permanentemente escondendo o que é visível para todos e que eles próprios dizem não querer ver.
O problema desta cegueira, é que é o País, o Município e a Freguesia que pagam a factura destas extravagâncias fora do círculo do poder.
Hoje, a classe política com a sua fraca qualidade – técnica e política – empurra a sociedade – o povo – para a ribanceira e o precipício pela sua loucura, quais Trump’s ou Putin’s – mais pequenos do que o poder – efémero – que representam, quando é tão fácil governar em democracia, não desconfiar de quem se escolhe para as suas equipas de governação.
Pelos vistos, esta crise – de solidão e incompetência – dos líderes parece continuar porque no horizonte vem mais do mesmo, de gente que já utiliza as palavras – mais do que os conceitos – e se coloca num patamar que não existe porque eles continuam a ser mais pequenos do que o poder que representam.
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