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Guimarães
Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Exposição: as origens e camadas da cidade de Guimarães de hoje, em fotografias

Economia

As imagens não param, a cidade mexe-se, amplia-se. Projectam-se como um filme, são a preto e branco, mas têm vida e a cor da essência do vimaranensismo. Sucedem-se, como pontos de vista, olhares produzidos, a partir de picos da cidade: da Torre da Alfândega, existiram na Muralha a Torre Velha, a Torre da Senhora da Guia, a Torre dos Cães, o Torrilhão de Santa Cruz/Porta da Freiria, a Torre Norte do Castelo, o Torrilhão da Garrida/Porta de Santo António, a Torre de São Bento e a Torre da Senhora da Piedade/Porta da Vila. E esses olhares são do fotógrafo das casas fotográficas de Domingos Alves Machado (1882-1957). 

São clichés que mostram as origens e a evolução de uma cidade cuja urbanidade se foi transformando no tempo mas cuja raíz é a marca indelével de Guimarães, do seu património, das pessoas, e são peças da urbe que resistiu ao tempo, em traços essenciais, e cuja cara é perfeitamente perceptível, por um ou outro aspecto, um ou outro edifício que retrata um passado que orgulha os vimaranenses.

Este ver retrospectivo de como era Guimarães e o seu centro, nos séculos passados não é apenas nostálgico, é olhar para trás e reconhecer as raízes desta comunidade, em torno da qual se construiu Guimarães – cidade e concelho – de hoje.

Esta exposição que a Muralha (Associação de Guimarães para a Defesa do Património) organizou no edifício municipal – ex-posto de Turismo – na rua Paio Galvão, é uma tradição sua, em tempo de Gualterianas, que evoca também a longevidade de uma festa da cidade, qual símbolo da identidade que une os vimaranenses.

As imagens são, também, em si, mais do que um registo porque se tornaram num património guardado e recuperado que deve ser dado a conhecer a todos os vimaranenses como algo que lhes pertence e que a todos liga… e orgulha.

São ainda “um devolver da memória” da cidade de ontem à cidade de hoje, como sublinhou Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura.

A exposição original – porque se trata de projectar fotografias, numa montra de vidro, animadas por técnicas cinematográficas, é igualmente didáctica, um documento histórico e para estudo da realidade arquitectural, urbanística, que deixa perceber como as pessoas viviam na cidade.

Apesar da sua originalidade, a exposição escapa à atenção e ao olhar do vimaranense pouco alertado para a sua existência que vai à cidade para ver os marcos da festa: as iluminações, o entretimento das crianças, a Feira de Artesanato, em noite quente que convida ao passeio familiar pelas ruas da cidade.

E seria bom mostrar a mais homens e mulheres, aos jovens e às crianças o que, hoje, está à vista dos seus olhos, tem uma matriz do passado, é uma raiz da sua identidade.

Para ver, de 26 de Julho a 30 de Setembro (todos os dias entre as 20h00-01h00), numa revisitação da colecção de fotografias da Muralha, em projecção vídeo, para o espaço público, de imagens de Guimarães, entre finais do século XIX e meados do século XX.

A exposição ‘Guimarães: pontos de vista’ procura mostrar a evolução da cidade, mas igualmente a vida dos seus habitantes, tendo-se, assim, seleccionado um conjunto de imagens que evidenciam o pulsar da sua actividade, nomeadamente através das Festas Gualterianas, que começaram em 1906.

© 2024 Guimarães, agora!


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