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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Vitória: João Mendes e André Silva desfazem Vizela

Economia

E como sempre a segunda parte é a melhor do encontro, voltando a emoção, alguma arte futebolística e uma intensidade à moda de Turra.

Pareceu que o jogo tinha duas velocidades, certamente duas faces: uma sem golos e outra com dois; uma de luta e equilíbrio e uma segunda de beleza futebolística em que a dupla João Mendes e André Silva derrotaram a boa organização do Vizela e as suas ambições de pontuar em Guimarães.

A prestação do Vitória, mesmo quando não registava golos, foi sempre com garra, por vezes controlada pelo Vizela que aguentou quanto pôde a fúria vitoriana.

Foi esforçado porque perseguia o golo que não aparecia – nem se vislumbrava – em função das oportunidades criadas.

A igualdade pairava no ar, mesmo quando o Vizela se chegou mais perto da baliza de Bruno Varela que susteve um remate de Essende (55’) com intenção de golo.

O Vizela não temeu o Vitória, jogou para a frente, disputando o jogo e valorizando o espectáculo.

Daí que ninguém esperava que o talento de João Mendes se evidenciasse numa sucessão de fintas, concretizando um cruzamento esmerado que colocou a bola na cabecinha de oiro de André Silva (59’).

Desfez-se a encruzilhada, o golo aparecia e a emoção juntava-se ao espectáculo. 

Depois, André Silva fez o contrário e ofereceu a João Mendes (72’) o segundo golo do encontro, também numa jogada em velocidade em que o entendimento entre os dois foi mais que perfeito.

No relvado, notavam-se as figuras, a colectiva de uma equipa que luta e tem garra, e o desempenho individual do esforçado Jota Silva na frente do ataque; o pêndulo em que se tornou Mikel Villanueva impondo ordem na defesa, secundado por um Manu Silva discreto mas muito eficiente; a consistência que Nelson da Luz trouxe ao lado esquerdo, substituindo Afonso; o labor de Tiago Silva tentando comandar o rumo do futebol ofensivo; e, por fim, os artistas dos golos, que souberam dar corpo a uma exibição positiva perante um adversário que teve postura.

Paulo Turra, mais sentado no banco, do que perto do relvado, entra a ganhar e acaba com um mito: o de que ganhando ou perdendo o Vitória fazia-o sempre pela margem mínima.

No final, houve abraços partilhados que o triunfo justifica e a união do grupo acentua e torna visível, como força de um passado mais remoto.

O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Manu Silva, Mikel, Bruno Gaspar (Zé Carlos 45’), Tiago Silva, Tomás Händel, João Mendes (Nuno Santos 77’), Afonso Freitas (Nelson da Luz 36’), André Silva, Jota Silva.

Amarelos: Zé Carlos (64’).
Vermelhos: Nuno Santos (82’).

Golos: André Silva (59’), João Mendes (72’).

© 2023 Guimarães, agora!


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