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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

PSD Guimarães: iniciativa “Governo +Próximo foi uma profunda desilusão”

Economia

O presidente do PSD Guimarães, Ricardo Araújo, falou hoje à imprensa para expor a análise do partido relativamente à iniciativa Governo +Próximo que trouxe, nos dias 3 e 4 de Maio, Ministros e Secretários de Estado ao distrito.

Na sua intervenção, Ricardo Araújo começou por dizer que havia “grande expectativa” quanto a esta visita do governo central, apontando três pontos que esperavam ver realizados ao longo dos dois dias. O primeiro e, segundo o social-democrata, único que se realizou era visitar obras e projectos financiados pelo governo e/ou fundos europeus. O segundo seria “tomar conhecimento dos reais problemas do território”, ter contacto com as populações e ouvir as suas perspectivas. E o terceiro e último ponto, seria anunciar “um conjunto de medidas, de iniciativas, de acções ou financiamentos para resolver problemas ou desígnios do próprio território”.

“Uma oportunidade perdida, uma desilusão para Guimarães.”

O líder do PSD Guimarães considera que estes dois dias foram “uma oportunidade perdida, uma desilusão para Guimarães”. Ricardo Araújo classificou esta iniciativa como “festivaleira” e acredita que “no dia 5, depois do governo sair, Guimarães ficou exactamente igual ao dia 2, antes do governo por aqui passar”.

Nas declarações à imprensa, o social-democrata enumerou 10 iniciativas que o partido defende que “Guimarães deveria exigir ao governo”, no contexto da sua passagem pelo concelho. A primeira está associada ao BRT, em que Ricardo Araújo compara os 100 milhões de euros destinados a Braga para construírem duas vias dedicadas até meados de 2026, e um milhão de euros destinados a Guimarães para estudos do BRT. Para o PSD, o BRT devia ser considerado “uma prioridade”.

O segundo ponto traduz-se na “exigência e reivindicação da criação do nó de acesso da autoestrada A7 em Brito, Vila Nova de Sande”. O dirigente político afirma que esta é uma “reivindicação antiga do partido social democrata” e que esta poderia ajudar a resolver os problemas de acesso ao norte do concelho e ao AvePark.

Ricardo Araújo (presidente PSD Guimarães). 📸 GA!

A “requalificação e duplicação da via férrea de ligação de Guimarães ao Porto”, bem como “o regresso imediato do serviço Alfa Pendular”, são a terceira exigência que, do ponto de vista dos sociais-democratas, devia ter sido abordado com o governo. O quarto ponto também está relacionado com a mobilidade, exigindo-se “a requalificação dos principais eixos rodoviários de ligação da cidade de Guimarães às suas vilas e concelhos vizinhos”. Ainda sobre as vias de trânsito, o quinto ponto aborda o “fecho da circular urbana e a saída ou ligação directa da circular urbana ao hospital”, tema sobre o qual “nada foi feito”, alega Ricardo Araújo.

O sexto ponto está relacionado com o Campus de Justiça de Guimarães e a pergunta que o presidente do PSD coloca é: “O que é que ficou, sobre o Campus de Justiça, diferente no dia 5 em relação ao dia 2?”. O social-democrata refere que o anúncio feito pelo governo durante a iniciativa já tinha sido feito em 2019 e nada mudou.

Relativamente à Cultura, Ricardo Araújo menciona, como sétimo ponto, o financiamento da Plataforma das Artes/CIAJG, descentralização e gestão integrada dos equipamentos culturais e a reabilitação da Igreja da Costa. Para o partido, o executivo municipal deveria ter discutido estes temas e levado o Ministro da Cultura a visitar a igreja que necessita de ser requalificada.

Na área da Educação, o social-democrata referiu, no oitavo ponto, a “requalificação do parque escolar, nomeadamente, a Escola EB 2,3 Afonso Henriques em Creixomil ou a EB 2,3 em Pevidém”. No mesmo sector, Ricardo Araújo acredita que o Governo +Próximo era uma “óptima oportunidade para conversar com as autarquias sobre soluções que permitissem aumentar o número de vagas de creches”.

“Também no sector da habitação, nada de novo foi anunciado.”

Por último, o PSD considera que a recente aprovação da segunda revisão da Estratégia Local de Habitação poderia ter servido para renogociar com o IHRU “para aumentar o financiamento em relação a Guimarães”. “Também no sector da habitação, nada de novo foi anunciado”, conclui.

Ricardo Araújo reitera que “infelizmente, esta visita do governo ao distrito e, particularmente, a Guimarães, é uma profunda desilusão”.

📸 GA!

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