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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Educação: Oposição pede soluções para infraestruturas escolares

Economia

O dirigente da concelhia do PSD, Ricardo Araújo, criticou a gestão dos edifícios das escolas do concelho, enumerando diversas insuficiências e constrangimentos, assim como demoras na requalificação.


Ricardo Araújo expôs os problemas que encontrou aquando das suas visitas às escolas EB1 da Cruz d’Argola, em Mesão Frio, a EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso, em Ponte, e a EB 2,3 João de Meira. Não é a primeira vez que a oposição traz à discussão o tema da requalificação das infraestruturas escolares, tendo já sido mencionadas insatisfações em relação à EB1 Agostinho Silva, em Abação.

Os constrangimentos encontrados incluem equipamentos insuficientes, pisos danificados e espaços reduzidos. Ricardo Araújo lamenta: “A verdade é que o nosso concelho depara-se com vários constrangimentos, várias dificuldades, nomeadamente ao nível das infraestruturas nas nossas escolas, que não são compatíveis com o concelho de excelência que todos desejamos, em particular na área da educação”.

Relativamente à escola básica da Cruz D’Argola, o presidente do PSD apontou, em particular: a escassez de casas de banho, sendo que estas são partilhadas pelo sexo feminino e masculino; uma cozinha “pouco maior que a de um apartamento” e que não corresponde à dimensão da escola (cerca de 150 alunos); um polidesportivo sem condições “para o nível que se defende para esta escola”.

Abordou, também, as adversidades na escola EB 2,3 de Ponte, nomeadamente problemas no piso do pavilhão desportivo que, devido a infiltrações e humidades, por vezes não permite a prática de actividade física. Acrescenta, também, a inexistência de uma sala de música para o ensino articulado, factor de destaque nesta escola.

Quanto à escola João de Meira, afirma que “não é admissível que uma escola daquelas não tenha uma biblioteca digna desse nome”. Menciona, ainda, o pavilhão que “não tem as condições exigíveis para a prática desportiva” e que continua com a cobertura de amianto. Crítica o “adiamento sistemático” das soluções, que passaram de uma pequena intervenção, para um grande projecto que inclui duas naves. Aponta o dedo ao Presidente da Câmara por não se comprometer com prazos e valores para as soluções projectadas.

📸 GA!

Em relação às críticas e problemas apontados por Ricardo Araújo, a vereadora da Educação, Adelina Pinto reconhece que a EB1 da Cruz D’Argola necessita de uma melhor manutenção e que “falta preencher necessidades que à data da construção não existiam.” Acredita que a degradação dos edifícios se deve ao uso exaustivo, “sete da manhã às sete da tarde”, por parte dos alunos.

No que diz respeito aos problemas dos pavilhões desportivos, particularmente da EB 2,3 Arqueólogo Mário Cardoso, a vereadora assume que a requalificação de edifícios escolares é um problema geral do país, exemplificando que na EB 2,3 Virgínia Moura, em Moreira de Cónegos, houve uma “inundação recente”. Ainda sobre a EB 2,3 de Ponte, Adelina Pinto explica que a maioria das escolas não têm uma sala específica para música, mas que, tendo em conta o ensino especializado desta escola, faz todo o sentido criar uma.

Abordando as críticas em relação ao projecto para a escola João de Meira, Domingos Bragança defende que as obras “levam tempo” para não serem apenas “remediadas”. A vereadora da Educação acrescenta que, por serem “projectos participativos”, são “morosos”. Ambos explicam que, tanto o projecto para a biblioteca, planeado ser um edifício à parte que possa servir a comunidade, como as duas naves polidesportivas, foram submetidos à consulta de encarregados de educação, professores e membros da comunidade educativa.

Neste processo, professores de Educação Física da EB 2,3 João de Meira deslocaram-se à EB 2,3 das Taipas, cujo equipamento presta um serviço semelhante ao que se pretende para a primeira, para verificarem o que “tem de bom e o que pode ser melhorado”, trocando sugestões com os professores taipenses. O Presidente da Câmara esclarece, quanto ao projeto das duas naves do polidesportivo, que “uma serve a escola, outra o Vitória, mas há alturas em que as duas podem servir o Vitória e as duas podem servir a escola”.

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