São três exemplares, isolados, situados na Quinta de Margaride, que formam um conjunto arbóreo classificado de interesse público, numa Villa Margaridi milenar.
A quinta que celebrou recentemente 1000 anos, detém duas das mais importantes classificações de Património Nacional:
- De 25 de Fevereiro de 2022, que reconhece à Casa de Margaride, tal como parte da quinta, a classificação como monumento de interesse público, pelo seu valor estético, elaboração arquitectónica e paisagística;
- De 20 de Janeiro, que evidencia a raridade e o elevado interesse botânico, pela presença de cultivares antigos de Camellia Japonica, salientando a Alba Plena, Variegata e Pompone, provenientes do extremo oriente;
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) considerou que os poucos jardins privados que albergam ambas as classificações, tornam o jardim da Quinta de Margaride, um óptimo exemplar de elevado “valor estético e biológico” e “de interesse botânico, histórico, paisagístico e artístico”, uma vez que em 2012 a casa foi classificada monumento de interesse público e, em Janeiro de 2022, o conjunto arbóreo como de interesse público.
Os despachos de reconhecimento do interesse público da Casa de Margaride e dos seus jardins, salientam que o arvoredo dispõe de um “bom estado vegetativo e sanitário”, não apresentando “sinais de pouca resistência estrutural ou risco sério para a segurança de pessoas e de bens”. Para além disso, “não se encontra sujeito ao cumprimento de medidas fitossanitárias que recomendem a sua eliminação ou destruição obrigatórias”. Estando, portanto, dentro dos parâmetros para a classificação de interesse público.
Atribui à idade um factor crucial a ter em conta, uma vez que a informação existente relativa ao conjunto arbóreo data do final do século XVII. E confirma que a sua forma actual “permite confirmar que se trata de arvoredo centenário, cumprindo-se o parâmetro de apreciação longevidade”.
No que se refere ao interesse botânico do conjunto de Camélias que são cartão de visita da Casa de Margaride, o despacho acrescenta que as Elegans e Lavinia Maggi, nativas da Europa no século XIX, e a portuguesa “Augusto Leal Gouveia Pinto”, registada em 1889, também merecem destaque.
A presença das três cultivares mais antigas documentadas na Europa (Alba Plena, Variegata e Pompone) enquanto conjunto nos jardins portugueses, já que as cultivares Variegata e Pompone, que têm registo de entrada em Inglaterra em 1789, rapidamente foram ignoradas pela imensa variedade de outras novas cultivares criadas na primeira metade do século XIX.
Villa Margaridi e os seus mil anos
A Villa Margaridi, tal como é referida na documentação medieval, faz história desde o século X, mantendo-se erguida no centro da cidade de Guimarães, na freguesia de Mesão Frio.
Para além de marco histórico no berço de Portugal, a casa também oferece um vasto leque de casas turísticas: Chauffeur’s Lodge, Rosinha’s Lodge, Maximino’s Lodge e o Pinto’s Lodge. Aqui dá-se a comunhão da sobriedade e do requinte, alinhando-se a uma experiência única na casa milenar de Margaride.
No turismo de habitação de Villa Margaridi há uma piscina exterior, tal como acesso ao wi-fi gratuito e estacionamento grátis a todos os hóspedes. Para além disso, todas as unidades turísticas incluem várias áreas de lazer e necessárias ao conforto dos hóspedes, tal como um pátio, área de refeições e área de estar. Os visitantes podem ainda usufruir de um centro de spa, de ciclismo nas proximidades e aproveitar ao máximo o jardim que se destaca pela sua soberania.
A Villa Margaridi, teve a sua primeira senhora no século X, pertença da condessa Mumadona Dias. Durante um século não habitou nenhum dos donos na casa de Margaride. Porém, em 1890, o 2º conde de Margaride mudou-se para a habitação. Grandes obras foram realizadas na altura e, actualmente, é uma quinta que dá lar a muita história, mas também a beleza e interesse orgânico inédito.
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