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Domingo, Novembro 24, 2024

Bragança: o futuro que sonhamos em 2012 concretiza-se hoje

A requalificação e refuncionalização do Teatro Jordão e Garagem Avenida é um marco para o território e uma marca do que é estratégico para o crescimento de Guimarães, na óptica e visão do presidente da Câmara.


Nem o facto de presidir a uma cerimónia de inauguração à distância lhe tirou o sorriso habitual, sinal de satisfação num “dia importante para Guimarães” e para “uma cidade que tem sabido, de forma consistente, trilhar um longo caminho de desenvolvimento sustentado”.

Dirigindo-se aos vimaranenses e aos convidados da sessão, por vídeo, o presidente da Câmara, sentiu a mágoa da sua ausência física mas não perdeu a satisfação pela concretização de uma obra “nobre” dos seus mandatos. 

Esta era a inauguração que gostaria Domingos Bragança nunca sonhou não estar presente mas a circunstância de ser obrigado a ficar retido na sua residência por efeitos da covid-19 não o deixaram perder a alegria, notada em todo em o seu discurso.

“O futuro que sonhámos em 2012, vê, hoje, concretizado um projecto absolutamente essencial para a consolidação de Guimarães como cidade produtora e promotora das Artes e da Cultura” – afirmou.

“A Cultura, a Educação e a Ciência farão de Guimarães uma cidade aberta e cosmopolita”.

E acentuou que “a requalificação do Teatro Jordão e Garagem Avenida é um marco para o nosso território e uma marca que define aquilo em que acredito e que é estratégico para o nosso crescimento: a Cultura, a Educação e a Ciência farão de Guimarães uma cidade aberta e cosmopolita, contemporânea e sustentável”.

Lembrando como “éramos conhecidos”, centro de consumo cultural, Bragança defendeu que, na última década, “Guimarães cristalizou a sua condição de Cidade de Criação Artística Contemporânea”, título que acrescenta ao de Cidade Europeia de Cultura, o de território que produz, promove e consome arte e cultura, ciência e criatividade.

Explicou depois porque “aqui nasce a nova geração de artes” e os fundamentos da “visão sistémica” que se projectará no futuro, através dos cursos de artes plásticas e visuais, dos cursos de artes performativas e artes de palco, que a Universidade do Minho vai implementar no equipamento cultural agora inaugurado.

E de como estas novas valências potenciarão outras já existentes e que o Município promove com regularidade, alavancas de uma economia inovadora, reforçam a massa crítica e exigência nos padrões da programação cultural.

📸 Paulo Pacheco

Também será, através desta “visão sistémica” que o desenvolvimento se potenciará com os cursos do Conservatório de Guimarães, reforçando as apostas já feitas no domínio da música.

Finalmente, é também nesta “visão sistémica” que se concretizará o Bairro C, “o bairro do conhecimento da cultura, da ciência e da criatividade” cujo epicentro será Couros e se estenderá pela Caldeiroa.

É aqui, neste complexo artístico, que Domingos Bragança acredita que “uma fonte inestimável de recursos criativos, injectará um novo sangue no já estimulante panorama cultural vimaranense”.

E contaminará a cidade, onde se afirma “um campus numa zona classificada como Património da Humanidade” com valências tão importantes quanto são o Instituto de Design, a Universidade das Nações Unidas, o Centro Avançado de Formação Pós-Graduada e o Centro de Ciência Viva.

“Vivemos um tempo entusiasmante e porque não vive-lo quando estamos perante a magnitude desta reabilitação”.

Dizendo que “vivemos um tempo entusiasmante e porque não vive-lo quando estamos perante a magnitude desta reabilitação”, o presidente da Câmara crê que todo este quarteirão da Criatividade, Arte e Design, deixará “todos os vimaranenses orgulhosos”.

Também porque passamos “a descobrir uma cidade outrora escondida” e alcançar “outros voos, os nossos e os que na Engenharia Aeroespacial se vierem a concretizar”.

Acrescenta que “haverá tanto mais cidade, quanto maior foi a imaginação que colocamos no que fazemos, sempre com a superação em mente, sempre com a plena realização que nos trás o que se faz com paixão”.

📸 Paulo Pacheco

Afirma, depois, com convicção: “e paixão foi o que não faltou a todos os que contribuíram para este projecto”.

Na lista de agradecimentos, Domingos Bragança, falou de pessoas que, “incansavelmente, pugnaram contribuírem para que pudéssemos comemorar este feliz acontecimento, neste lugar emblemático de Guimarães”.

Ouviram-se depois os nomes da família Jordão e de Bernardino Jordão, seu fundador, do ateliê Pitágoras Arquitectos e de Manuel Roque, do consórcio construtor Costeira/NVE, aos técnicos municipais chefiados por Joaquim Carvalho, à Universidade do Minho – Rui Vieira de Castro e Paulo Cruz -, à Sociedade Musical de Guimarães e Vítor Matos, a António Cunha e à CCDR-Norte a que preside e a todos os vimaranenses.

Citando o escritor canadiano Hubert Reeves, Bragança citou duas frases, uma delas é a que define que “ser culto é abrir-se ao prazer que a fruição artística nos proporciona” pois, ser culto “é ter essa abertura de espírito que nos permite olhar o futuro e rasgar novos horizontes e ir além dos nossos limites individuais”.

“Não há razão para que não continuemos a ser felizes”, neste espaço de encontros que foi o Teatro Jordão, cheio de histórias e de momentos felizes – concluiu.

📸 Paulo Pacheco

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