Portugal entra no ano de 2022 em eleições legislativas, onde tudo previa vários cenários e o desfecho mais ignorado foi o que ganhou.
Uma campanha onde as arruadas e ajuntamentos presidiram sem qualquer tipo de entraves e o mais importante era ter o maior número de pessoas, de forma a mostrar maior peso partidário. O desfecho destas eleições foi um ato claro de soberania por parte dos portugueses, que decidiram quem realmente querem nos assentos parlamentares com a sua devida representação.
Fico contente por ter visto uma grande afluência às urnas estas eleições, mais precisamente baixando a abstenção para os 42% e mostrando que houve um interesse por parte de todos e uma atenção para com os próximos 4 anos, que de tudo são decisivos para Portugal.
O facto de termos atravessado esta pandemia, onde muitos negócios foram de certa forma mal tratados e alguns sem quaisquer tipos de apoios, motivaram muita gente para estarem com atenção ao que os partidos propõe para um bom crescimento do nosso país, quer a nível económico, quer a nível social.
Entristece-me o enriquecimento de alguns partidos que apesar de não terem uma visão concreta para o país e que apenas se focam em jogadas políticas “sujas”, consigam crescer mais do que aqueles que desde sempre marcaram lugar na democracia em Portugal.
Contrariar esta vertente não é forçar ou “desnormalizar” essas forças partidárias, mas sim perceber de que forma como conseguem ter força e este peso nas eleições.
O percurso para conseguirmos perceber isso passa por fortalecermos a democracia em Portugal e esse caminho deve começar nos partidos políticos. Não podemos de forma alguma julgar uma pessoa pelo seu voto. Um direito democrático como este não pode ser julgado, mas sim deve ser entendido e isso sim é saber fazer democracia.
Ainda que a nossa democracia tenha falhas e aparentemente esteja desgastada não podemos desistir dela e isso inclui melhorá-la.
São 47 anos de democracia e de uma esfera política crescente ao longo dos anos, todos com a sua visão de liberdade e sociedade. Convergindo no que os une, que é Portugal.
Uma das grandes forças fundadoras deste espaço democrático sai do parlamento, fragilizada.
O desfecho do CDS-PP não merecia que fosse desta forma, ainda para mais sendo um partido fundador da democracia. Não é altura de lamentos, mas sim de fortalecer as estruturas e fazer perceber que o CDS-PP faz falta no parlamento e na política portuguesa.
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