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Guimarães
Sábado, Maio 4, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

A engenharia (têxtil) e as empresas

A Engenharia Têxtil enquanto curso – com licenciatura e mestrado – e uma carreira científica no horizonte parece ser o ‘parente pobre’ da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, no campus de Azurém.

As Jornadas de Engenharia, na sua quarta edição, organizadas pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Têxtil da UMinho (NEETEXUM) quis provar o contrário.

E com razão porque há mais engenharia têxtil para além da que (pouco) se evidencia e divulga. E as jornadas foram uma oportunidade – é preciso fazer mais e diferente – para mostrar o que há… e para desbobinar o têxtil.

Academia e empresas têm de ser mais pró-activas do que reactivas, numa relação que beneficiará ambas as partes.

Sobre o curso de Engenharia Têxtil paira uma nuvem de suspeição – a nível nacional – de que o sector não tem futuro, não é atractivo e a sua dinâmica é mais à volta de farrapos e fios do que outra coisa.

O departamento já assumiu que tem de se dar a conhecer ao mundo, há empresários a afirmarem que nunca receberam visitas de alunos deste curso… e já lá vão uns anos que a engenharia têxtil se instalou no campus de Azurém.

E as empresas – pelas suas associações – reclamam mão de obra qualificada, capaz de aportar mais inovação e qualidade para os desafios do sector num mundo bem competitivo.

O eterno problema do quanto pagas tem de ser recíproco porque não há nenhum obrigação de as empresas pagarem sem ter retorno. Poucos são os que conseguem ganhar pelo seu estatuto sem medir o quanto dão em troca do seu trabalho.

No actual contexto, as empresas têxteis não se importam de pagar mais, como já o fazem a inúmeros trabalhadores, desde os que ganham o salário mínimo a quadros mais valorizados.

Cada trabalhador tem de merecer o que recebe pois só assim se cria riqueza e se proporciona bem-estar.

Mas o salário ou vencimento tem de ser sustentável e cada trabalhador tem de merecer o que recebe pois só assim se cria riqueza e se proporciona bem-estar e se aumenta a competitividade.

Mas a integração de jovens licenciados em engenharia têxtil, não se deve resumir apenas a este deve e haver laboral. A Academia e a sua oferta de cursos, nesta área deve corresponder ao objectivo de satisfazer as necessidades reais das empresas, em ordem a que os produtos têxteis – técnicos e de vestuário, do lar – sejam cada mais valorizados na cadeia de valor e competitivos nos mercados internacionais.

Neste capítulo, a Academia se não devia andar à frente, pelo menos devia andar a par do que faz o mundo industrial. Não se pode oferecer formação que não interessa, há que ser exigente, e, sobretudo, corresponder às expectativas empresariais. Porque de nada adianta a Universidade formar o que não interessa.

Guimarães é centro industrial, pólo de inovação. Há campo aberto para a Universidade singrar, há espaço de diálogo e de comunhão a desbravar e uma relação forte a construir… porque nenhum casal pode viver – e dormir – de costas voltadas um para o outro.

Não interessa quem dará o primeiro passo pois ambas as partes devem dar o próximo passo, senão Guimarães não pode ser cidade de ciência… sem cientistas! 

Nota: Guimarães, agora! publica a partir de hoje um conjunto de textos sobre a Engenharia Têxtil com cursos no campus de Azurém… para ver e seguir!

© 2024 Guimarães, agora!


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