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Quinta-feira, Abril 25, 2024
Alberto Martins
Alberto Martins
Alberto Martins, 41 anos é empresário e licenciado em gestão. Actualmente é ainda presidente da junta de freguesia da Vila de São Torcato desde 2017, tendo já sido tesoureiro desde 2005 até 2017. Trabalhou e colaborou com diversas empresas, de onde se destaca a empresa Coming Future e a empresa JF Economista Internacionais.

Um outro lado da guerra

A guerra na Europa re(começou). Quando ainda lambemos feridas da segunda guerra mundial, criamos linhas vermelhas à xenofobia, ao racismo e à intolerância racial, eis que nos voltamos a deparar com uma guerra, ainda de contornos incertos, aqui ao lado.

Uma vez mais, a lei e a ordem internacional não estão a ser respeitadas e neste caso de forma gritante, violando a integridade territorial de um estado soberano e até rasgando acordos recentemente assinados sobre estas mesmas matérias.

Apresentam-se a combate David contra Golias, que podemos até, em jeito de juízo de valor, apelidar de força de uma nação versus força imperialista. Sabemos bem que muitos interesses estão em jogo, o equilíbrio de forças global, a afirmação de lideranças antidemocráticas ou a predominância económica mundial.

Nas guerras não há vencedores, podem haver ganhadores de territórios ou espíritos imperialistas, mas serão sempre perdedores.

Contudo este texto não visa debruçar sobre as questões geopolíticas, geoestratégicas nem mesmo saber qual das contendas tem razão. Nas guerras não há vencedores, podem haver ganhadores de territórios ou espíritos imperialistas, mas serão sempre perdedores.

Esses perdedores ficarão na história, pela perda de vidas humanas, pelas famílias destruídas em cada bomba ou em cada toque de sirene.

E é neste contexto que escrevo este artigo, não para falar da guerra, não para esgrimir argumentos pró isto ou pró aquilo, mas para falar duma história que me comoveu.

Sabemos bem que os olhos são o espelho da nossa alma e essa estava bem demonstrada no jovem casal ucraniano que se despedia, de forma emocionada, enquanto o jovem soldado partia para defender o seu país.

Esse olhar, esse momento, ficará gravado na minha memória para sempre, pela intensidade que cada um colocou naquele silêncio aterrador. Não existirão bombas suficientes que possam quebrar este olhar intenso, mas ao mesmo tempo vazio, que pode ser um simples até já ou até sempre.

Sejamos todos capazes de refletir se é possível, com os avanços civilizacionais que vivemos hoje, voltarmos aos tempos das cavernas, para nos proteger de algo ou de alguém. Hoje, esse olhar assemelha-se ao de milhares de Portugueses (incluindo o meu Pai) que durante a guerra colonial partiram para uma guerra, sem saber se o bilhete era apenas de ida.

Todas as guerras tem um outro lado e esse lado é tão destrutivo como o militar. Sejamos Humanos novamente.

© 2022 Guimarães, agora!


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