Aprovado o orçamento de estado para os próximos anos, resta-nos apenas a reflexão do documento levado a aprovação no parlamento.
Presenteamos uma situação de elevada dificuldade económica, que prevalece nas famílias e nas empresas, mesmo durante uma recuperação gradual após uma altura difícil da pandemia e que obrigados a consecutivos estados de emergência, que por sua vez dificultaram também o bom funcionamento dos negócios, das empresas e nos consumos das famílias.
Os mais jovens, que foram dos mais penalizados na pandemia, viram o seu futuro atrasado e bastantes sem meios que permitissem o bom acesso às ferramentas de estudo e trabalho curricular.
O valor da inflação acaba de atingir um novo máximo de 8%, valor que já não era ultrapassado desde 1993, o que vai condicionar muito certamente o nosso poder de compra e em que muitas famílias vão ter um momento muito difícil a atravessar nos seus gastos diários, ainda que esta esteja na média da União Europeia, o ritmo de maior aceleração é em Portugal.
Perante esta crise enfrentada e muito consequente da guerra, que está sem qualquer previsão de cessar-fogo, questiono-me se o documento aprovado realmente responde à necessidade dos portugueses, das empresas, comércio e negócios locais.
O governo elogia o crescimento de Portugal, dizendo que fomos o país que mais cresceu em comparação a 2021. Comparando o crescimento da economia do presente ano, que se encontra em fase de recuperação e crescimento, com um ano em que Portugal foi dos últimos países que se libertaram das medidas Covid-19, claramente que a percentagem de crescimento será mais alta do que a maioria dos países que já tinham a economia em fase de retoma de atividade económica. O que indica que não será uma comparação justa.
Somos bombardeados com muitas previsões ressalvando Portugal como um país que irá crescer acima da média da EU. Previsão esta, que não vai ao encontro da maior dívida pública até aos dias de hoje e que o nosso Governo persiste ainda no erro de aumentar a despesa pública perto dos 50% do PIB, não vai ao encontro também da percentagem de investimento no privado, sendo estes os maiores geradores de riqueza no nosso país e ainda aumentamos a carga fiscal sobre o trabalho, passando assim a média da OCDE.
Chamamos um orçamento justo em parlamento a um orçamento que não prevê sequer 1% do investimento na Cultura, que sofreu uma rutura alta nos últimos 2 anos e ainda assim não foi suficiente para o investimento acrescido.
Refletimos assim o futuro das próximas gerações, destacados como a prioridade de um documento que se baseou no mesmo que foi reprovado e nos deixa sem qualquer ambição para os próximos 4 anos.
© 2022 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.