Chegámos ao momento que anualmente chamamos “época de festas”, uma particularidade do vale de São Torcato.
Ouve-se continuamente a referência a que em São Torcato não há fim de semana sem festa.
Um forte tecido associativo desde as áreas do desporto, religião, cultura e social, são imensas as iniciativas que levam até à população diferentes manifestações que, em muitos casos, carregam séculos de tradições.
Deixo apenas a referência algumas iniciativas que não descuram a tradição e a preservação da memória.
O Linhal da Corredoura que se afirma como um produto turístico especial, a Romaria Grande de São Torcato que renasce com a força alicerçada no santo do povo, a Feira da Terra que se aproxima da sua trigésima edição, os festivais de folclore de São Torcato e o Fest’in Folk, sem esquecer uma iniciativa mais recente que aproxima as gerações mais jovens, a Festa da Juventude.
Olhando para este elenco podemos sem sombra de dúvida evidenciar a enorme responsabilidade que este território encerra em si na preservação da cultura e das tradições populares ou como prefiro referir “tradições culturais”.
Vivemos uma época em que o instantâneo, os resultados imediatos, ganham preponderância sobre aquilo que é essencial. O acontecimento fugaz que é posteriormente absorvido por outro que se sobrepõe no mediatismo das redes sociais e dos média que não poucas vezes pouco acrescentam na construção de uma comunidade com mais qualidade. Pois, no fim da linha o cidadão é essencial e é ele que forma e molda a sociedade.
A Feira da Terra, que decorre em julho, no Terreiro de São Torcato, é já uma certeza no panorama regional e alcança já fronteiras territoriais cada vez mais distantes. Traz consigo artesãos, expressões culturais, momentos de convívio entre aqueles que nos visitam.
Com um cartaz de animação que privilegia os projetos locais, potenciando a criação artística de proximidade, a articulação entre gerações. Fator importante numa sociedade em que o envelhecimento tem uma expressão forte e que todos devemos estar atentos e atuantes na inversão deste problema.
Uma referência também que a tradição deve abraçar os novos desafios que se apresentam com a digitalização de processos, e com o surgimento da Inteligência Artificial, com forte impacto no nosso quotidiano. Devemos ter a perspetiva de ferramentas e não de ameaças. Ferramentas que ajudam a construir e evoluir.
O convite a visitar São Torcato é imperativo. Uma visita que não será esquecida e que criará memórias. Fará crescer o horizonte cultural, e o conhecimento do passado que ajudará a construir o futuro.
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