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Guimarães
Domingo, Maio 19, 2024
Alberto Martins
Alberto Martins
Alberto Martins, 41 anos é empresário e licenciado em gestão. Actualmente é ainda presidente da junta de freguesia da Vila de São Torcato desde 2017, tendo já sido tesoureiro desde 2005 até 2017. Trabalhou e colaborou com diversas empresas, de onde se destaca a empresa Coming Future e a empresa JF Economista Internacionais.

Porquê reflorestar a Pedra Fina?

A Pedra Fina é a principal montanha da Vila de São Torcato. Esta montanha ergue-se a 507 metros de altitude, o que faz do seu marco geodésico, um dos pontos mais altos de todo o concelho de Guimarães. Para além destas características, a Pedra Fina apresenta uma riqueza em termos de biodiversidade e de qualidade do ar, única em toda a região.

É ainda, morfologicamente muito interessante, pois alberga um solo extremamente rochoso, “pátria” de muito do granito extraído para a construção da Basílica de São Torcato. O nome Pedra Fina, advém precisamente de ser uma antiga pedreira, de onde a força braçal e animal extraiu e carregou, toneladas de granito, para a zona mais baixa da Vila, onde foi trabalhada e adornada, para fazer parte da história patrimonial de São Torcato.

A Pedra Fina é portanto, muito mais do que uma simples montanha. Representa história, património natural e edificado, turismo, educação e preservação ambiental. Assim, a pretensão de reflorestação da Pedra Fina, encerra em si, diversos desafios e responsabilidades, mas também uma forte ambições para o presente, mas projetando um futuro que queremos risonho e de qualidade de vida para São Torcato e para todo o concelho de Guimarães.

© Direitos Reservados

O desafio, resulta na enorme responsabilidade, de devolver àquela montanha a vida de outrora, desgastada por incêndios e anos de abandono. Mas devolver a vida com a dignidade e qualidade exigida, pois as espécies a plantar, têm de respeitar a geografia, o enquadramento da zona e a resiliência que aqueles solos agrestes exigem.

Por isso, a Junta de Freguesia alargou o projeto, a instituições e sociedade civil, devidamente credenciadas, ao Município de Guimarães, ao ICNF, ao Laboratório da Paisagem, à Universidade do Minho, ao Projeto Eco Escolas, à Brigada Verde e a empresas privadas, que nos permitirão realizar esta reflorestação, da forma mais correta possível.

Este processo prevê ainda envolver mais instituições, locais e nacionais, que acrescentarão dimensão e qualidade ao projeto. Esta reflorestação permitirá fixar solos, reduzindo o impacto das fortes chuvadas, nas encostas da montanha, principalmente da zona da Boavista e Sobredo. Permitirá ainda a recuperação da fauna perdida, com a reposição de espécies como a raposa, o texugo, o milhafre ou de outras espécies em vias de extinção na zona.

Incentivar a própria comunidade a cuidar das novas árvores que ali vão nascer e crescer.

Mas este processo envolve também, uma enorme ambição, pois pretendemos que daqui, resultem ganhos e alterações de paradigmas geracionais. Pretendemos potenciar o turismo de montanha, com a criação do trilho da Pedra Fina, devidamente sinalizado (se possível com madeira resultante das espécies invasoras) e incentivar a própria comunidade a cuidar das novas árvores que ali vão nascer e crescer. Este envolvimento da comunidade e dos mais jovens, é para nós, basilar em todo o processo, dando a conhecer a história e a importância que a Pedra Fina teve na construção de um dos mais emblemáticos monumentos do concelho de Guimarães, a Basílica de São Torcato.

Foi estimado pelo ICNF, que serão necessárias mais de 15.000 árvores, para reflorestar a Pedra Fina, sendo que as mesmas serão fornecidas pelas diversas instituições acima mencionadas e outras que entretanto se estão a juntar ao projeto. Queremos nos orgulhar ainda mais, da nossa terra, acrescentando ao orgulho histórico, monumental, cultural e humano, o orgulho do património natural que é e será a “nossa Pedra Fina”.

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