A poucos dias do final do ano, é a hora de olhar para trás para um ano que ficará para sempre nas nossas memórias. O ano da pandemia, do confinamento, do COVID.
A pandemia fez jus ao seu nome, pois teve uma dispersão mundial. Decretou-se o estado de emergência. Alteramos hábitos comportamentais e de trabalho, o teletrabalho passou a ser uma realidade para milhões de pessoas. Do comportamento mais gregário ou próximo definimos um novo objetivo – o do distanciamento social, de preferência com o uso de máscara e o uso do álcool gel.
Foi um ano profundamente desafiante para a economia, em que diferentes sectores, com elevada importância no PIB nacional, estão a ser postos à prova e a demonstrarem a sua capacidade de resistência. Resistir será o termo, sobreviver, nalguns casos, a luta quotidiana de muitos pelos seus empregos e Futuro, adaptar, a capacidade de inovar de empresas e empresários perante novas realidades. Após a crise económica, aproxima-se outra crise financeira, que, sem termos recuperado ainda da anterior, terá consequências sociais preocupantes.
Um ano esgotante para o sector da saúde e os seus profissionais cuja dedicação merece o nosso agradecimento. Têm sido incansáveis e nem sempre é reconhecido o esforço físico e emocional a que estão sujeitos, que nos dá a nós portugueses a confiança nos profissionais que tanto falta nos dirigentes do setor.
Irrepetível na educação, numa proximidade do ensino à distância, ferramenta útil que necessita de maior aprofundamento e ajustamento às novas e futuras realidades. Tornando-o mais adequado às necessidades dos alunos e professores, nos novos tempos que vivemos. Não pactuar com as fragilidades do sistema, alunos sem aulas, com as avaliações “possíveis”, exigências mínimas, que comprometem o futuro da nova geração e do País que queremos construir. Que se olhe para educação com vontade e sem receio, de adaptar aos nossos tempos, mesmo sem momentos pandémicos.
2020 foi um ano desafiante para todos e, nestes tempos de grandes dificuldades, revelaram-se também as fragilidades de um sistema, que necessita de maior apoio social (os nossos idosos merecem o esforço de toda a sociedade), sanitário (apenas com interligação do SNS com os privados e sociais, sem qualquer dogma, conseguimos Saúde de qualidade para todos) educação (para todos e com qualidade), economia (criando inovação e riqueza), cultura (valorizando o ser humano em diferentes valências).
2021 chega com esperança de dias melhores, baseados na sociedade de conhecimento que, num tempo célere, apresenta uma solução – a vacina, que todos aguardamos como muito eficaz. Com alguma polémica de critério (os idosos, que mais sofreram e viram partir os próximos, ficam para depois – para alguns, certamente, tarde de mais), com o plano de vacinação, esta é uma prova importante à capacidade dos responsáveis do Ministério de Saúde demonstrarem a sua (in)eficácia.
Fomos todos heróis e guerreiros numa batalha invisível. Perderam-se demasiados e estas baixas merecem ser lembradas. Agora, que se aproxima o armistício, não poderemos ser complacentes com aqueles que por incapacidade ou ausência, atrasem o renascer de novos tempos vitoriosos – por Portugal e pelos portugueses.
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