A Declaração Universal dos Direitos do Homem diz que, reconhecer a dignidade humana e os seus direitos iguais e inalienáveis, constitui o fundamento da justiça e da paz no mundo.
O valor da pessoa humana, o direito a uma liberdade o mais ampla possível e a prática da letra, é o que nos torna seres humanos, racionais e dotados de sentimentos tais como a empatia e a fé na humanidade.
A 08 de janeiro de 2010, a Assembleia da República aprovou, aquilo que grande parte da sociedade já tinha aprovado, falo do casamento entre pessoas do mesmo sexo. E, nem o conservadorismo de Cavaco Silva viria a impedir a possibilidade de adoção para esses casais.
No fundo, o que os conservadores diziam é que até fechavam os olhos à ofensa do sagrado matrimónio, desde que a adoção ficasse de fora. Ora, o inevitável tornou-se realidade e a letra, acima lembrada, passou mesmo à prática.
A organização da sociedade sofreu nas últimas décadas profundas alterações, algumas claramente no sentido certo. Quando reconhecemos que a educação e formação de pessoas não está circunscrita ao facto de sermos homens ou mulheres, heterossexuais ou homossexuais, criamos as condições efetivas e necessárias para isso mesmo, uma sociedade justa, sem preconceitos e liberta das amarras de um percurso dogmático.
Se os avanços já alcançados vão permitindo que cada um se assuma como é, ciente dos seus direitos enquanto pessoa, também não é menos verdade que é preciso muito mais. Continuar a achar que os comportamentos despadronizados resultam de distúrbios do foro mental, ou pior ainda, de influência demoníaca, como castigo, e que influenciam pela convivência, é só inaceitável.
É uma moda, como dizem alguns. Qualquer coisa como as botas à cowboy ou calças à boca de sino…
Isto tudo para chegar a junho, mês do Orgulho LGBTQI+. É preciso fechar de vez a porta do preconceito e abrir todas as janelas da aceitação, do respeito, da igualdade, mas sobretudo a do amor. A forma como ele se manifesta não pode chocar, muito menos oprimir, calcar ou obrigar ao disfarce.
A 28 de junho de 1969, em Nova Iorque, a polícia leva a cabo uma forte intervenção num bar frequentado pela comunidade Gay, o que originou uma onda de revolta contra a ação policial. Daí à saída para a rua foi um ápice que todos os anos se repete um pouco por todo o mundo.
Este ano em Guimarães, a marcha do Orgulho, ocorre no dia 02 de julho, mas vão realizar-se também em Vizela, Braga, Barcelos e Esposende.
Para participar não se exige nenhum requisito especial, apenas respeito e amor.
Resta-me agradecer o convite do jornal Guimarães, agora! espero vir a corresponder às expectativas e contribuir para a diversidade de opinião que quebra barreiras e aproxima as gentes em torno das conversas. Até à próxima!
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