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Guimarães
Quinta-feira, Novembro 21, 2024
Miguel Leite
Miguel Leite
Natural de Guimarães, fisioterapeuta licenciado, com mais de 10 anos de experiência profissional, tendo já tido várias experiências profissionais (meio hospitalar, clínica, ensino especial em escolas e meio desportivo/desporto de alta competição). É também pós graduado em fisiologia do exercício e fisioterapia cardiorrespiratória. Têm outras formações complementares relacionadas com a sua profissão. Faz parte dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, pertencendo desta forma ao atual corpo ativo da corporação vimaranense.

A outra face

A passagem de ano é um momento utilizado por muitos de nós para realizar um balanço, quase sempre na realização de uma comunicação intrapessoal. Num ‘flash mental’, visualizamos num contexto sumativo os acontecimentos vividos quer por nós, quer ao nosso redor.

Se por um lado abordamos a avaliação dos objetivos a que nos propusemos, por outro lado projetamos aquilo que queremos alcançar. No entanto, não existe uma obrigatoriedade nesta abordagem, visto que alguns de nós não estratificam o que vão realizar, simplesmente “deixam correr” o caminho da vida…possivelmente são os que usam a abordagem mais tranquila.

O sistema em que nos encontramos inseridos, acaba por ser um meio influenciador e condicionador de como pensamos o presente e o futuro, basta pensarmos como nos são transmitidas as notícias, e a forma como agimos perante a receção das mesmas.

Todo o ser humano é condicionado por uma informação externa, a forma como lida com ela e como a perceciona é que pode e deve ser desmantelada, sob pena de perdermos o controlo sobre a forma como agimos.

Sermos nós próprios de forma autêntica a enfrentar o que a vida nos apresenta.

Surge então a questão, como devemos comportarmo-nos perante a adversidade, o incerto, com a dúvida, com o desconhecido? Sim, é isso que no início não apenas de cada ano, mas de cada dia nos deparamos! Sem demagogias impostas por terceiros e com uma mentalidade de sermos nós próprios de forma autêntica a enfrentar o que a vida nos apresenta.

As faces do amanhã são as inquietações de hoje.

Deveria ser normal a espécie humana conseguir coabitar num mesmo espaço de forma harmoniosa e respeitosa, no entanto, este fato não passa de mera perfeição lírica, visto que a realidade secular sempre foi bem diferente.

A palavra diferença é a maior normalidade dos nossos dias, e é bom que exista pois permite que todos façam parte de algo, no entanto, a diferença é julgada e punida e é aí que reside o maior problema.

Neste novo ano, esperemos que não seja mais um, constituído dos mesmos problemas basais da sociedade, e que se transforme numa partilha de entreajuda e luta por uma aproximação de uma igualdade de direitos e deveres.

As faces das nossas vidas podem ser diferentes, mas devem ter propósitos que permitam a interação digna de todos.

© 2024 Guimarães, agora!


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