- Defender a Escola Pública, valorizando-a, passará por patrocinar e incentivar uma discussão muito abrangente sobre as suas fragilidades e potencialidades. Estamos no século XXI: o que queremos formar? Para o quê? Escutamos todos os intervenientes, de igual modo? A quem interessa e por que interessa? Escola Pública: bem maior (e não mal menor).
- Defender a Escola Pública é valorizar todos os seus agentes, dos professores, passando pelos auxiliares e pelas crianças/jovens. Defender a Escola Pública é colocar em prática o 25 de Abril: em vez de o debitar em papel, é preciso exercê-lo sempre. Dar Voz.
- Defender a Escola Pública é apostar na diversidade: muitos caminhos para um determinado fim (não pré-determinado).
Criar bases para uma sociedade verdadeiramente inclusiva, crítica e informada, justa, generosa e solidária. Pessoas não são números. - Defender a Escola Pública é dar a cada um(a) o que cada qual: abrir a escola à comunidade. Respeitar os tempos (da família, da rua, da escola), sem primazias (e acima da crítica). Acabar com a escolinha que segmenta e legitima discrepâncias: acabar com a escola do teste, da ficha, do tpc e do exame (bem como a ideia das áreas de 1ª, de 2ª e de 3ª). Os alunos precisam de sentir que podem trilhar o seu caminho. O direito à escolha é inalienável.
- Defender a Escola Pública é actualizar a formação de Professores, com diferentes métodos e perspectivas, e dar-lhes condições para o exercício da sua profissão, nas suas áreas de residência. Apostar numa formação integral. Professores e alunos são duas faces da mesma moeda, numa relação de aprendizagem mútua.
- Defender a Escola Pública é reconhecer a Equidade como o caminho. Oportunidades Universais. Individualidade como peça de algo maior (e que se encaixa num cenário colaborativo e cooperante). Ver o outro como é (e não pelo que achamos que é ou deve ser).
- Defender a Escola Pública é reconhecer a dimensão total de quem lhe dá vida: as dimensões física, mental, psicológica, espiritual e holística (bem como as suas circunstâncias pessoais, familiares ou de comunidade). O direito a ser e a sentir.
- Defender a Escola Pública é estimular a autonomia, a criatividade, o pensamento crítico, a curiosidade e a resolução de problemas que surgem. Erradicar rankings entre pessoas.
- Defender a Escola Pública é proporcionar um ambiente saudável, sem pressões e coacções, sem pressupostos, sem objectivos “pronto-a-vestir”. A saúde mental (como toda e qualquer dimensão da saúde) é fulcral.
- Defender a Escola Pública é reconhecer que toda a gente quer aprender. Toda a gente quer aprender (a repetição é deliberada). Não existe o “os alunos não querem aprender”. Isso é falacioso. Aprende-se por empatia (ao que é procurado) e com empatia. É preciso é perceber o quê. E como. E para o quê. Todo é qualquer caminho, desde que acrescente, é válido.
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