As multas mais perigosas no transporte rodoviário

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Cada vez mais motoristas de Guimarães enfrentam multas muito graves que colocam em risco a continuidade do seu trabalho. No transporte rodoviário, a margem de erro é mínima: um excesso de velocidade significativo, um resultado positivo num teste de álcool ou um desrespeito de sinalização podem desencadear rapidamente processos que retiram pontos, suspendem a carta e ameaçam o rendimento familiar. Para quem vive da estrada, decisões tomadas em segundos podem determinar meses – ou anos – de consequências profissionais.

As infrações mais perigosas são sempre as mesmas: álcool, velocidade muito acima dos limites e desrespeito de sinalização essencial. O que poucos motoristas percebem é que, para profissionais, os limites são muito mais rígidos. Uma taxa de álcool que para um condutor comum seria uma infração moderada, para um motorista de pesados pode ser classificada logo como grave ou mesmo muito grave. O mesmo acontece com a velocidade: ultrapassar o limite em mais de 40 km/h dentro das localidades ou mais de 60 km/h fora delas não deixa margem para discussão. A lei considera estas condutas altamente perigosas, e as consequências são imediatas.

Em Guimarães, muitos motoristas só percebem a dimensão do problema quando recebem a notificação a informar da perda de quatro ou cinco pontos. O sistema é implacável: descer para cinco pontos obriga a formação obrigatória; chegar a três implica refazer o exame teórico; faltar ou reprovar significa perder a carta sem apelo. E quando os pontos chegam a zero, a cassação é automática e prolongada. Durante dois anos, não é possível obter nova carta para qualquer categoria. Para quem vive de transportar mercadorias, isso equivale a um corte direto no rendimento familiar.

A forma como as autoridades avaliam estas infrações tem um peso que muitos subestimam. A culpa, os antecedentes e a função profissional do condutor contam. Quem conduz pesados tem deveres especiais de cuidado e, por isso mesmo, qualquer infração é analisada com maior rigor. Se a conduta colocar terceiros em risco ou representar vantagem económica para a empresa, a coima pode duplicar. Em certos casos, a ASAE pode até determinar a publicidade da condenação, o que afeta a reputação das empresas que operam na região de Guimarães.

“No setor logístico de Guimarães, várias empresas já adotaram checklists internas e rotinas de manutenção preventiva para evitar problemas que, mais tarde, se traduzem em sanções pesadas.”

A prevenção, porém, começa antes da multa. Respeitar tempos de condução e pausas, evitar horários impossíveis, controlar a fadiga e cumprir regras de carga e descarga são medidas que reduzem drasticamente o risco de cair no patamar das infrações muito graves. No setor logístico de Guimarães, várias empresas já adotaram checklists internas e rotinas de manutenção preventiva para evitar problemas que, mais tarde, se traduzem em sanções pesadas. A prática mostra que pequenos cuidados evitam perdas maiores.

Quando surge o primeiro sinal de perigo (um teste de álcool positivo, uma velocidade muito acima do limite ou uma notificação inesperada) agir rápido é essencial. Não é momento de ignorar a situação ou adiar decisões. É fundamental perceber se o auto está correto, se a notificação cumpre os requisitos legais e se existe base jurídica para atenuar ou suspender a sanção. Em muitos processos, uma contestação bem feita muda por completo o desfecho e evita a suspensão do direito de conduzir.

Em Guimarães e em todo o Minho onde tantas famílias dependem do transporte rodoviário, estas multas não são apenas números na carta: são escolhas que impactam vidas. As infrações muito graves não são apenas erros de condução são ameaças diretas ao futuro profissional. Proteger-se exige informação, prevenção e apoio jurídico sempre que algo corre mal. Porque no transporte rodoviário, a segurança não é só uma questão de estrada. É, acima de tudo, uma questão de sobrevivência.

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