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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

São Torcato: depois da Romaria, agora é a Feira da Terra

Economia

O trio de festas consecutivas que marcam o mês de Julho está ao meio com quatro dias de actividades diversas, inundando o terreiro em frente da Basílica.


A ideia de valorizar os costumes do mundo rural, potenciando, os valores culturais e sociais de uma região que tem uma ligação muito peculiar entre o mundo rural e o mundo urbano acabou por servir para afirmar a entidade que a promove: a Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais – ADCL.

Na 26ª edição marcarão presença 75 expositores com diversos produtos agrícolas e artesanais de qualidade e seis restaurantes que proporcionarão experiências gastronómicas diversas.

Ao ar livre, em dias de veraneio, os visitantes poderão ainda usufruir de um programa de animação diversificado que privilegia a cultura e as tradições da região e a mostra de artes e ofícios. 

O programa compreenderá cerca de trinta espectáculos, múltiplas mostras de artes e ofícios e actividades e iniciativas (passeios, exposições, etc).

A Feira da Terra, de entrada livre, é frequentada anualmente por cerca de 45000 visitantes, e é reconhecida como um dos eventos mais emblemáticos desta região – considera a ADCL.

📸 GA!

De um lado…

A Feira da Terra é um museu agrícola vivo onde se apresentam produtos agrícolas que todos os dias consumimos; um mercado onde se compram bons exemplares de frutas, legumes, compotas, bolos, carnes e enchidos, licores ou mel.

Também, o pão caseiro do Bento e da Margarida Rosa, de Atães, chega à feira ainda quente e com a folha de couve colada à côdea inferior; os tomates e as cebolas, do Castro, de Mesão Frio, também são apreciadas. Junta-se o vinho do Antunes, uma marca e uma referência por ser da maior exploração agrícola do vale, situado em Atães e entre-campos com São Torcato.

No Terreiro de São Torcato, não se canta e dança apenas, como se ouvia nos discos gravados em vinil do Grupo Folclórico de São Torcato pelas vozes do Fernando Brás e da sua irmã Fátima Moleira. Também ali há exposições ao vivo sobre o mundo agrícola com exemplares de animais que representam as raças autóctones; e mostras de produtos ligados ao têxtil doméstico e à vestimenta que protege as pessoas.

E as artes e ofícios que expressam valores da criatividade local nos domínios da cultura e da pintura. 

Este lado da Feira da Terra não deixa perder-se as tradições musicais ligadas ao bater dos Bombos do Mestre Zé. E aos cantares e dançares do folclore representado pelos Grupos de São Torcato e da Corredoura, ambos da freguesia e cujo relevo concelhio, regional, nacional e até internacional é reconhecido.

E de outro… lado!

A Feira da Terra é entretenimento, tempo de encontros, convívios à mesa de restaurantes locais, caminhadas no próprio recinto da feira. Também, local de espectáculos musicais – do Daniel Pereira Cristo, Filipa Torres e Liliana Oliveira.

Há um lado afectivo e cultural que não deixa ninguém de lado, a começar pelas crianças, também intervenientes na feira e atentas à sua hora de conto e a outras actividades lúdicas e recreativas.

A participação dos alunos da escola C+S do Vale de São Torcato também aproxima a feira dos jovens, onde não faltam actividades didácticas ligadas à água e à sua utilização (pela Vimágua) e ao resíduos, cuja compostagem vai ser mostrada (pelo Laboratório da Paisagem). E os jogos tradicionais que marcarão a participação das turmas do 8º ano da escola.

Não faltará a dança e os grupos de cantares e os “Concertininhas” (CRCA) numa feira transversal que associa o mundo rural.

📸 GA!

© 2022 Guimarães, agora!


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