O presidente da Câmara inaugurou, ontem, a estrada que serve Aldão e Atães-Rendufe, uma grande avenida (em alguns troços do percurso) e que continua até Arões, em Fafe.
A inauguração foi um misto de alegria e recordação: alegria porque a obra concretizada não é uma obra qualquer, custou cerca de 2,3 milhões e aparenta resolver questões básicas, na vida das populações; a recordação veio das agruras naturais resultantes da execução da empreitada, com transtornos no dia-a-dia dos cidadãos.
A obra prolongou-se no tempo, com a definição em sede de projecto, de como haveria de ser e resolver problemas com infra-estruturas, de água e saneamento e até tecnológicas, com ligações de internet. E “não porque a junta tinha mudado de cor política”, uma coincidência do início do mandato e da empreitada que deixou dúvidas se a obra iria até ao fim.
Depois era a questão da sua beleza paisagística com a manutenção ou colocação de arvoredo, a utilização para actividades lúdicas pedonais; também, a relativa ao conforto foi tida em conta porque teria de dar resposta aos que fazem o uso pedonal da via, com passeios, onde fosse possível.
Situada no sopé de uma área com declive assinalável, e ao longo de uma extensão razoável, a rua 24 de Junho, era frequentemente “atacada” por enxurradas e águas soltas derivadas de momentos de maior pluviosiodade, que provocavam dores de cabeça no quotidiano das pessoas, por não estarem devidamente encaminhadas.
A ponte, alargada, sobre o rio Selho teve uma solução para permitir o atravessamento pelos peões, que não deixa a via apenas para as viaturas automóveis. “O projecto foi sendo elaborado e, mais tarde, sinalizei a necessidade de ser alargada a ponte sobre o rio Selho. Não fazia sentido se assim não fosse” – disse o presidente da Câmara.
Toda esta história foi recordada quer pelo presidente da Câmara no que toca à concepção da empreitada e pelo presidente da junta no decorrer dos trabalhos. Incluindo, o papel desempenhado pela anterior presidente da junta Conceição Castro (PS) e o actual Martinho Fernandes (PSD). É uma história longa porque a requalificação daquela estrada começou a ser pensada em 2013, atravessando até a pandemia durante a sua execução. E foi mais além da repavimentação da via, inclui zonas de estacionamento, o escoamento de águas pluviais e controle de velocidade por semáforos.
Todos ouviram todos, como provam os elogios mútuos da Câmara para a junta e de presidente para presidente, um diálogo que acabou ser a solução para resolver os traumas da execução, dos atrasos no tempo, da colmatação de constrangimentos. Isto porque, como sublinhou o presidente da junta de freguesia de Aldão, “os cidadãos são os melhores fiscais” atentos a alguns pormenores da execução que não são apenas reclamações.
Deste diálogo – entre junta de freguesia e Município – foi possível acomodar várias aspirações dos moradores, e da obra final ficaram elogios para todos: para a Câmara e seus técnicos, para a vereadora Sofia Ferreira com quem o autarca de Aldão resolveu situações mais complicadas, para a empresa construtora, sinal de que a requalificação da rua 24 de Junho agradou a todos e a todas as forças políticas.
A inauguração, constante do programa das comemorações do Dia UM de Portugal foi presenciada por aqueles que seguem os rituais destas cerimónias e teve um momento extra: a bênção do requalificado Nicho de Nossa Senhora dos Bons Caminhos, realizada pelo reverendo padre Joaquim Marques da Mota, um ponto de culto religioso que foi construído em Fevereiro de 1982.
© 2024 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.