O Governo apresentou a Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI), na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, na última Terça-feira.
E anunciou o pacote financeiro que dedicará a esta estratégia. São 60 milhões que virão do PRR.
Objectivamente, a ENTI é uma ferramenta que ajudará “a gerir de forma eficiente recursos essenciais como a água, a mobilidade ou a energia, para optimizar o funcionamento das cidades, zonas rurais, florestais e áreas de protecção, e desenvolver territórios conectados que proporcionem desenvolvimento económico, inclusivo e sustentável”.
O presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança participou, entretanto, na sessão de apresentação, num painel representativo de entidades envolvidas na execução da ENTI, para partilhar perspectivas e desafios de cada uma das áreas. Fernanda do Carmo, directora-geral do Território, e Miguel de Castro Neto, director da NOVA – IMS, também intervieram no painel de debate.
Na sua intervenção, Domingos Bragança afirmou Guimarães “como cidade líder na transformação digital, que prioriza parcerias estratégicas para melhorar a qualidade de vida dos habitantes”.
Apostando numa abordagem inovadora, Guimarães tem conseguido “estabelecer alianças com universidades e promover a criação de ‘gémeos digitais’, procurando a sustentabilidade ambiental e a mobilidade urbana”, referiu.
Destacou que o foco na integração e partilha de dados na administração pública, reconhece a necessidade de cooperação para alcançar metas mais ambiciosas, evidenciando a importância das ferramentas digitais e científicas na tomada de decisões.
“Este compromisso demonstra uma visão clara para um planeamento urbano digital e integrado, fundamentado na colaboração e na transparência para o progresso contínuo da cidade”, declarou Domingos Bragança.
Elaborada de forma colaborativa, a estratégia envolveu activamente autarquias, comissões de coordenação e desenvolvimento regional, comunidades inter-municipais, empresas de tecnologia e instituições académicas. A iniciativa visa implementar 16 iniciativas estratégicas e 31 recomendações locais, utilizando soluções tecnológicas para antecipar e gerir as necessidades dos territórios, abrangendo áreas urbanas e rurais.
Concentrando-se na gestão inteligente de recursos essenciais, como água, mobilidade e energia, a ENTI busca optimizar o funcionamento das cidades, zonas rurais, florestais, áreas de protecção e comunidades em geral. Além disso, promove a cooperação entre autarquias, empresas e academia, preparando o país para enfrentar futuros desafios.
A criação da Plataforma de Dados Portugal, coordenada pela Agência para a Modernização Administrativa, desempenhará um papel crucial na gestão, partilha e análise de dados para a implementação desta estratégia.
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