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Sexta-feira, Março 29, 2024

Raúl Peixoto na frente do Movimento Cívico por Serzedelo

A sua ligação às forças vivas da Vila de Serzedelo é inquestionável. Aparece nos órgãos sociais de algumas, liga-se a diversas iniciativas culturais, escreve sobre desporto, assume-se como pessoa de trabalho e com a licenciatura em Contabilidade e Administração é rosto conhecido nos serviços da Junta de Freguesia, há muitos anos.



Foi a partir do movimento que agrupa pessoas de diversos quadrantes e por quem agora se recandidata, fundado há 12 anos, que conseguiu ser eleito para presidente da Junta entre 2009 e 2017. 

Desse período ressaltam vários serviços de proximidade que a autarquia de Serzedelo presta e que serviram para acentuar a centralidade desta vila.

Conhece a realidade local e social, as suas capacidades e potencialidades, bem como as necessidades, anseios e projectos.

📸 facebook_MCS

Qual a razão porque se candidata à Assembleia de Freguesia de Serzedelo?

São várias as razões que me levaram a apresentar a minha candidatura a presidente da Junta de Freguesia de Serzedelo.

Desde logo o facto de ver literalmente congelados alguns dos projectos que fomos colocando no terreno ao longo dos meus oito anos de mandato, entre 2009 e 2017. Concretizando, sinalizo o grande projecto em marcha, que em termos estruturais irá deixar uma marca de topo, que se prende com a centralidade. A requalificação da zona envolvente ao cemitério nº 1, cujo projecto estava pronto há mais de quatro anos e que até à data não teve qualquer execução. A construção do espaço multiusos, também incluído na centralidade e cujo terreno também foi adquirido no final do meu mandato, mas não teve qualquer avanço desde que saímos do poder.

Temos ainda dois Orçamentos Participativos vencidos no nosso mandato e que ainda não saíram do papel. Ambos têm também importância relevante em matéria estruturante para a vila, dada a componente material e imaterial carregada que os envolve, (igreja românica que é monumento, a ponte romana de Soeiro e a via romana da Calçada Real e a tradicional Festa das Cruzes). Elementos que não podem de todo passar ao lado da estruturação que se augura para a nossa vila a breve trecho.

Aliado ao facto de ter conseguido uma equipa que me apoiou e que me dá garantias de um bom desempenho, proponho-me retomar um trabalho de qualidade que iniciamos há 12 anos, mas que esteve suspendido nos últimos quatro.

Que objectivos eleitorais pretende atingir?

O grande objectivo eleitoral é conseguir angariar mais votos e, consequentemente, vencer as eleições. Há quatro anos, elegemos quatro membros para Assembleia de Freguesia, tantos quantos o PS, ficando próximo da votação destes. Portanto é mais um pequeno caminho que teremos de fazer e que auguramos ser coroado de êxito.

Se for eleito presidente da Junta, com a experiência adquirida ao longo dos anos, penso que estarão reunidas as condições necessárias para, conjuntamente com a Câmara Municipal, retomar uma dinâmica diferente e para melhorar esta vila. Mais urbanidade, maior justiça e uma maior e mais eficaz capacidade de dar uma resposta à população e às instituições, através das diversas ferramentas de proximidade de que dispomos.

Quais as principais propostas para cativar os eleitores?

Criar um espaço multiusos na antiga fábrica da Calvarex e arranjo da zona envolvente para apoio futuro das Festas das Cruzes; alargar o cemitério nº 2 promovendo melhores acessos e condições; construir um parque de estacionamento de apoio ao Centro de Saúde; requalificar o miradouro das Senhoras do Monte e sua envolvente, arranjar a igreja românica, construir o parque lúdico na rua da Eirinha, efectuar o arranjo da Ponte do Soeiro e da Calçada Real com ligação ao Talegre; criar uma zona industrial e centro de negócios a fim de chamar investimento para a vila e para o concelho; proceder ao melhoramento das ruas que consideramos importantes para ligar toda a vila ao centro; arranjar e pavimentar de uma vez por todas a Rua de São Bartolomeu; melhorar todas as ruas que consideramos em mau estado; criar rota diária de autocarro que passe pelas ruas de Serzedelo e possa ligar as pessoas mais distante da vila ao seu centro; desenvolver juntamente com a Câmara Municipal e operador de transportes um aumento de horário de autocarros na vila, desenvolver juntamente com as instituições da freguesia de vertente social, novos mecanismos de apoio à população com maiores carências, dinamizar a construção de um lar de idosos, continuar o Parque de Talegre para sul com ligação ao parque de Riba de Ave e a norte com a construção de uma ponte pedonal com ligação ao parque de Calça Ferros, em Pedome; dotar toda a vila de serviço de água e saneamento e incentivar a companhia para o aumento da rede de gás natural; melhorar a eficiência energética da Junta de Freguesia; remover todos os caixotes do lixo e voltar ao método habitual da recolha porta a porta, propor a alteração do PDM a fim de permitir a criação de habitação; chamar o investimento privado para a nossa vila; colocar mais uma caixa Multibanco; reunir esforços para a colocação de uma bomba de gasolina.

📸 facebook_MCS

Quais seriam as suas seis prioridades?

As nossas principais prioridades serão as que se prendem com os eixos ambiental e das infraestruturas.

Queremos incrementar as máximas energias na requalificação dos edifícios públicos, (no caso a sede da Junta e o estabelecimento de ensino do 1º ciclo da Eirinha), por locais que sejam mais amigos do ambiente, no âmbito dos Fundos Europeus para a eficiência energética.

Ao nível das infraestruturas, pretendemos levar à total execução a primeira fase da centralidade da vila de Serzedelo e colocar em marcha a segunda, com a construção do espaço multiusos, nos terrenos da antiga unidade industrial da Calvarex. Esta obra, pela sua importância em termos estruturais e a questão da ponte romana de Soeiro, pela sua urgência, devido ao estado de degradação daquele bem público com história relevante.

A questão da alteração do PDM também tem aqui uma importância superlativa, na medida em que a vila possui um défice bastante acentuado no que concerne ao investimento dos particulares. A habitação, ou falta dela, que continua a afastar da sua terra os nossos jovens bem como a cativação do investimento empresarial, necessitam de uma intervenção mais energética e inequívoca da Junta e da Câmara.

As acessibilidades, com a criação de novas e melhores vias que sejam capazes de diminuir o enorme tráfego da EN 310 que atravessa os nossos centros, também terão a nossa melhor e mais urgente atenção.

Por último e em termos de serviços de proximidade, cabe-nos melhorar os que temos e poder acrescentar eventualmente outros. Levamos em linha de conta que nesta valência, somos um marco importante na zona Sul do concelho e que queremos manter.

Conhece o valor do orçamento da sua freguesia?

Sou conhecedor do orçamento da Junta, que para este ano passou pouco dos 150.000 euros.

Não obstante este valor, temos todos consciência que a esmagadora maioria das grandes obras realizadas nas freguesias e vilas, não entram nas contas das freguesias, mas sim do Município.

Neste contexto, há sempre juntas que têm orçamentos baixos, mas que têm um volume de obra astronómico, (o que não é o caso de Serzedelo, com toda a certeza!) e outros o contrário.

O que se pode aferir do mandado do executivo da freguesia de Serzedelo, é que foi autenticamente “muita parra e pouca uva”!

Como tem sentido a adesão das pessoas às suas propostas e candidatura?

Temo-nos apercebido e é notório o descontentamento da população naquilo que foi um autêntico fracasso do regresso do PS à governação da Junta de Freguesia de Serzedelo. Há quatro anos atrás, a população construiu elevadas expectativas em volta deste cenário partidário, mas hoje sentem-se arrependidas.

Nós, com o trabalho sério e de qualidade e com as boas relações que mantivemos com a Câmara Municipal, notamos que as pessoas voltaram a acreditar em nós.

Qual será a sua relação com a Câmara que resultar das eleições?

A nossa relação com a Câmara não sofrerá qualquer desvio, por comparação com aquela que mantivemos ao longo dos oito anos em que fomos executivo. Manter uma relação de seriedade, compromisso e sempre com o enfoque nas necessidades mais prementes da vila. Privilegiar uma articulação dos nossos recursos com os do Município, como forma de atingirmos a nossa meta.

Seja a Câmara que for a gerir os destinos do concelho, será dentro dessa matriz que identificaremos o nosso modus operandi.

Dos candidatos à Câmara com quem se identifica mais?

Identificámo-nos e apoiamos a candidatura do Dr. Bruno Fernandes, pela Coligação Juntos por Guimarães. Defendemos uma política diferente daquela que a Câmara PS tem vindo a construir, essencialmente pela questão que nos diz directamente respeito e que se prende com as freguesias.

Na qualidade de autarca que fui e que pretendo retomar, penso que entre outras ideias que nos separam, defendo que deverão ser corrigidas o mais rapidamente possível as assimetrias que têm sido alargadas pela governação PS. Nas freguesias isso é por demais evidente, mas entre as nove vilas do concelho esse tem seguido a mesma bitola. Nesse sentido acho que o Dr. Bruno Fernandes, como autarca que foi de uma dessas nove vilas, colocará a sua Nova Energia ao serviço das freguesias, essencialmente as que têm sido mais desfavorecidas.

E no caso de ser eleito presidente da Junta, qual será o seu posicionamento na Assembleia Municipal?

Na qualidade de candidato independente, terei sempre uma postura de análise isenta, pese embora, e tal como afirmei na questão anterior, são as ideias da Coligação Juntos por Guimarães e que queremos ver espelhadas no próximo mandato na sede do concelho.

Olhando para o Município de Guimarães quais entende devam ser as prioridades da próxima vereação?

Não obstante defender que a cidade apresenta uma qualidade bastante boa, deixaria essa matéria para aqueles que se candidatam aos órgãos do Município. No entanto, e em relação às freguesias, volto a referir que defendo uma postura mais equitativa no âmbito dos apoios.

Faz algum balanço sobre os mandatos de Domingos Bragança?

Domingos Bragança teve dois mandatos que se enquadram nas ideias que o Partido Socialista de Guimarães tem para o concelho. Uma atitude mais direccionada para a cidade, em prol de um desenvolvimento mais envolvente do concelho por um todo.

Fale dos outros candidatos que estão na sua equipa?

Toda a restante equipa que me acompanha nesta missão autárquica e cívica, possui experiência significativa em termos associativos. Aliás, tem sido sempre meu timbre angariar pessoas que possam ser mais valias para a terra, através da sua experiência, que os potencia em termos de participação. Todos eles sentem a vila e colocam-na à frente de outros valores político-partidários, ao contrário das outras listas concorrentes.

Tenho comigo uma equipa jovem, ambiciosa, com vontade de trabalhar afincadamente no desenvolvimento da sua vila.

© 2021 Guimarães, agora!


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