Com a confirmada nomeação de Rui Armindo Freitas para Secretário de Estado Adjunto e da Presidência – na sequência de uma já esperada entrada no Governo de Luís Montenegro, há várias leituras que se podem fazer:
- 1) O núcleo duro da comissão política concelhia do PSD mudou-se para Lisboa, para fazer uma espécie de curso avançado de gestão política que pode ser colocada ao serviço de uma candidatura à Câmara Municipal de Guimarães, em 2025;
- 2) Que Rui Armindo Freitas é o cabeça desta estratégia, pois coloca-se a si e a Ricardo Araújo num plano de afirmação e influência como possivelmente os dirigentes do PSD vimaranense nunca tiveram ou exerceram;
- 3) Esta afirmação dos dirigentes da concelhia de Guimarães no actual poder do PSD nacional – com um Secretário de Estado e dois deputados – pretende ofuscar a influência de André Coelho Lima, na era de Rui Rio;
- 4) E que há muito estava ‘a ser cozinhada’ nos bastidores – pois quer Rui Armindo Freitas quer Emídio Guerreiro fazem parte do Conselho Estratégico Nacional (CEN) desde o início;
- 5) Percebeu-se, também, quando Emídio Guerreiro foi nomeado presidente do Conselho de Administração do Parlamento que o lugar de Secretário de Estado do Desporto teria outro ocupante; e que ficava um lugar em aberto para outro Secretário de Estado (tendo em conta a rivalidade com Braga na representação distrital).
Recordando, Rui Armindo Freitas era figura importante no CEN, enquanto conselheiro para o Investimento e Fundos Estruturais.
Veja-se quantos governantes do PSD saíram do CEN:
- 1) Ministros: Pedro Reis (Economia), Pedro Duarte (Assuntos Parlamentares), Rita Júdice (Justiça);
- 2) Secretários de Estado: Inês Domingos (Assuntos Europeus), Nuno Sampaio (Negócios Estrangeiros), Cristina Vaz Tomé (Saúde), João Silva Lopes (Finanças) e Ana Isabel Xavier (Defesa).
Por último, em termos locais, o PSD pode rivalizar com o PS, ofuscando Ricardo Costa, propalado presidente da maior concelhia dos socialistas, a nível nacional, arredado que fica de uma visibilidade maior que esperava ter com o respaldo de um governo de Pedro Nuno Santos que não veio a acontecer.
Para já, é certo, que os vencedores desta refrega eleitoral é o pessoal político eleito e nomeado. Fica, ainda, sem saber o que vai ganhar Guimarães em termos de influência política e reivindicativa para os assuntos que importa defender. E cuja agenda foi definida no âmbito municipal com a aquiescência da Coligação Juntos por Guimarães.
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