O PSD “reitera a necessidade de criar um programa extraordinário de apoio ao desporto vimaranense, aumentando consideravelmente o montante do apoio financeiro aos clubes desportivos locais”.
A posição foi assumida, esta tarde, num comunicado, em que os social-democratas esclarecem que o valor do apoio deliberado na reunião da Câmara, de 16 de Novembro, de 59.274 euros, “é manifestamente reduzido, insuficiente e muito aquém da capacidade do Município”. Mesmo que no actual contexto de pandemia “qualquer apoio financeiro seja importante, tantas são as dificuldades sentidas pelos clubes”.
Ricardo Araújo, vereador municipal que assume esta posição do PSD, recorda que “a Câmara Municipal de Guimarães, em Junho deste ano, reforçou o subsídio de exploração da Tempo Livre no montante de 630 mil euros, cerca de 60% do apoio anual previsto para 2020”, deixando evidente que o seu partido não compreende que “para as dezenas de clubes locais, se dedique somente 60 mil euros – 10% do aumento atribuído à Tempo Livre”.
Sobre a lista de clubes apoiados pelo Município, na deliberação de Segunda-feira, Ricardo Araújo manifesta “total incompreensão” por um clube como o Vitória, “não ser sequer contemplado com qualquer apoio, apesar do meritório serviço que presta à comunidade nos escalões de formação e modalidades amadoras”.
Neste contexto, o PSD volta a defender “a necessidade de criar um programa extraordinário de apoio ao desporto vimaranense, aumentando consideravelmente o montante do apoio financeiro aos clubes desportivos locais”, posição que assumiram em 7 de Setembro passado, reforçada na Assembleia Municipal e incluída na agenda de propostas para o Orçamento Municipal de 2021 – que a Câmara (PS) não acolheu.
“Os custos em grande medida não reduziram, pelo contrário, tiveram mesmo nalguns casos uma subida para responder às necessidades de realização de testes e obras de adaptação dos espaços…”
E justifica que então já se percebia que os clubes desportivos concelhios tiveram “uma forte redução das suas receitas, nomeadamente de patrocínios, inscrições de atletas em escalões de formação, bilhética, sendo que, por outro lado, os custos em grande medida não reduziram, pelo contrário, tiveram mesmo nalguns casos uma subida para responder às necessidades de realização de testes e obras de adaptação dos espaços e recintos desportivos às novas exigências de mitigação de contágios”.
“A remissão do desporto para um plano secundário, por parte do governo central com total ausência de medidas relevantes de apoio, evidenciava já nessa altura a importância e imperiosidade do poder local, nomeadamente das autarquias, criarem mecanismos que pudessem colmatar a inacção do Governo e reforçassem o seu papel de apoio ao Desporto local, em particular aos clubes” – defende o PSD Guimarães.
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