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Domingo, Novembro 24, 2024

“António Magalhães sabe defender-se muito bem”

Economia

Bragança evita repudiar o ataque de Barreto ao ex-presidente da Câmara como desejavam vereadores do PSD/CDS

“Devíamos deixar aqui um voto de repúdio pelas declarações de Joaquim Barreto em relação a António Magalhães” – propôs Ricardo Araújo, vereador do PSD. Porém, Domingos Bragança não apoiou a ideia porque “António Magalhães sabe e sempre soube defender-se bem”.

Ricardo Araújo vincou que o seu desejo e o dos restantes vereadores do PSD/CDS era que o seu repúdio tinha de ser entendido como uma “questão política, institucional e de Guimarães, não é partidária”.
Foi, hoje, de manhã, na reunião da Câmara Municipal, que só se realizará uma vez mais por videoconferência, no dia 2 de Julho.
O vereador do PSD avançou na defesa da honra e do estatuto de António Magalhães – a quem “pessoalmente continuo a chamar de presidente” – perante o ataque de Joaquim Barreto a “um cidadão ilustre e ex-presidente da Câmara de Guimarães”. A ideia do vereador do PSD era verberar e “repudiar” as críticas “num órgão de comunicação social de Guimarães”. Declarações que tinham as eleições para a Federação Distrital do PS como pano de fundo.

Classificou o ataque de Barreto como “absolutamente condenável e criticável – e achamos nós, os vereadores do PSD/CDS, que devemos repudiar e a Câmara também deveria repudiar as declarações de Joaquim Barreto, um ex-presidente da Câmara {de Cabeceiras} que vem a Guimarães atacar de forma injustificável aquele que é um cidadão ilustre de Guimarães e um ex-presidente da Câmara”.

Ricardo Araújo queria ver repudiadas as afirmações de Joaquim Barreto. © Direitos Reservados

Para Ricardo Araújo, o ataque de Barreto, é algo que “não dignifica a democracia, quando vemos um ex-presidente atacar outro ex-presidente com ataques violentos e graves” demonstrando alguma indignação pelo facto de que “quando atacamos alguém que exerceu cargos públicos, por eleição democrática, de autocracia ou tiques de autocracia, é das críticas mais violentas que se podem fazer àqueles que representam cargos públicos, eleitos pelo povo”.

Defendendo que cabe a todos os que exercem ou exerceram cargos públicos e políticos, a “dignificação” dessa função, Ricardo Araújo, vereador do PSD, rejeita que tenha tentado meter “uma lança em África”, interferindo na vida interna do PS local.
O caminho escolhido foi o de condenar as críticas de Joaquim Barreto, àquele que “é um cidadão ilustre e ex-presidente da Câmara {António Magalhães}, num órgão de comunicação social de Guimarães”. “E fizemo-lo no local próprio” – acentuou o vereador.

Confrontado com esta posição dos vereadores da oposição, Domingos Bragança, não foi além de uma declaração singela.
Respondendo a Ricardo Araújo, disse simplesmente: “Quanto à pessoa do ex-presidente da Câmara, António Magalhães, eu subscrevo as qualidades de presidente que referiu, durante 24 anos, mas sabem também, que o António Magalhães sabe defender-se muito bem e as atitudes no âmbito partidário ficam com quem as toma. A melhor homenagem que podemos fazer… é saber que António Magalhães sabe e sempre soube defender-se bem. E as atitudes ficam com quem as toma e essas é que poderão deixar bem ou mal quem as toma”.

“É um cidadão ilustre e medalhado a nível nacional, que foi atacado de forma violenta…”

O assunto ficou assim arrumado, apesar de Ricardo Araújo entender que o estatuto de António Magalhães, de ex-presidente, podia merecer mais solidariedade institucional e política porque para além de “merecer respeito institucional, é um cidadão ilustre e medalhado a nível nacional, que foi atacado de forma violenta”.
Ricardo Araújo desejava “um voto muito claro, de repúdio” porque a “questão é política, institucional e de Guimarães, não é partidária”.

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