O abrandamento económico está a ter influências nas exportações de têxteis quer em valor quer em quantidade, anuncia a ATP.
No segundo mês do ano de 2023, a descida foi de 3% para o valor das exportações e 12% para a quantidade de produtos exportados.
“De uma forma generalizada a quebra regista-se em quase todas as categorias de produtos, com excepção dos tecidos de malha (que registaram um aumento de 17% em valor e 33% em quantidade) e do vestuário em tecido (aumentou 15% em valor e 5% em quantidade)” – afirma a ATP numa nota de imprensa.
Explica ainda que “em termos acumulados, os dois primeiros meses do ano somam 1.012 milhões de euros (+1%) e 83 mil toneladas (-12%) de exportações. A quebra sofrida pelos têxteis -lar e outros artigos têxteis confeccionados foi -16% em valor e de -14% em quantidade. Nas matérias têxteis, a quebra foi de -3% em valor e de -14% em quantidade. As exportações de vestuário permaneceram positivas em valor (+7%), mas em volume verificou-se uma diminuição (-5%)”.
“Estamos seguramente a exportar menos por mais valor.”
O presidente da ATP, Mário Machado não tem dúvidas de que “estamos seguramente a exportar menos por mais valor”, um factor que se “deve à inflação que se regista na maioria dos mercados e que tem impacto ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento”.
A nota de imprensa da ATP, hoje divulgada, esclarece que “nestes dois meses do ano, registámos uma quebra na maioria dos principais destinos de exportação”. E vinca, apesar disso, alguns bons desempenhos, nos mercados de França (+13% em valor | +3% em quantidade), Suíça (+42% em valor | +10% em quantidade), Canadá (+21% em valor | +19% em quantidade), Roménia (+18% em valor | +27% em quantidade) e Chéquia (+20% em valor e +7% em quantidade).
No que toca a importações, o sector importou -8% em valor e -17% em quantidade, afectando sobretudo as matérias têxteis e os têxteis confeccionados, uma vez que no vestuário as importações foram de +11% em valor e +3% em quantidade.
Conclui a ATP que em termos acumulados, nos dois primeiros meses do ano, Portugal importou 805 milhões de euros e 86 mil toneladas de têxteis e vestuário, -2% do valor e -19% da quantidade importada no mesmo período do ano anterior, afectando em particular as matérias-primas têxteis (-24% em valor e -27% em quantidade) o que reflecte uma menor procura por parte da indústria, em resultado do abrandamento económico.
📸 GA!
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.