As medidas do Governo para combater os aumentos do gás para as empresas vão no caminho certo mas o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, entende que já vêm com algum atraso.
O impacto dos constantes aumentos dos custos de energia nas empresas já se sentem desde Outubro e só agora o Governo encontra solução para as compensar.
Ora, no quadro de apoios agora definido pelo Governo, as empresas que têm um intensivo uso de energia terão uma subvenção com uma dotação de 160 milhões de euros – sendo que o Governo considera elegíveis aquelas que gastam mais de 2% do volume de negócios em energia.
Mário Jorge Machado salienta que estes 2% estão abaixo do proposto pela União Europeia (o que aumenta o universo de empresas que caem sob a alçada da medida) e que, “mais de uma centena de empresas têxteis” poderão usufruir dos novos apoios.
No total, e segundo as contas do executivo, os 160 milhões de euros de apoio chegarão a três mil empresas.
“O impacto do incrível aumento do preço do gás faz-se sentir desde Outubro passado”.
De qualquer modo, o presidente da ATP fica à espera dos pormenores que vão rodear a medida de apoio: “é preciso perceber se esta será apenas uma pequena ajuda ou se ela será significativa, como é preciso”. E salienta que “o impacto do incrível aumento do preço do gás faz-se sentir desde Outubro passado”, como a ATP observou desde o primeiro momento.
A esta medida, anunciada em conferência de imprensa pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, junta-se a vontade do executivo criar a figura do gás profissional, flexibilizar pagamentos fiscais e diferir contribuições para a Segurança Social para os sectores mais vulneráveis aos aumentos dos custos da energia.
Além disso, o Governo anunciou uma redução das tarifas eléctricas para empresas electro-intensivas.
Por outro lado, o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, afirmou que o imposto sobre os lucros extraordinários das empresas não foi discutido pelo Governo, mas admitiu que o executivo está estudar “todas as possibilidades”.
Em causa está a possibilidade de criação de um chamado windfall tax, taxa de imposto sobre lucros que resultam de ganhos inesperados de empresas ou sectores específicos.
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