Foi prática durante toda a época mas a duas jornadas do fim do campeonato, o Vitória inflectiu a sua comunicação e Moreno não falou sobre o jogo da Madeira.
Tem sido um calvário, a consumação do 6º lugar onde o Vitória se colocou como uma lapa. Mesmo com resultados intermitentes positivos e negativos que fazem com que o último lugar de acesso a uma prova europeia ainda seja uma incógnita, o clube partiu para a Madeira sem que Moreno, promovido a treinador principal, perspectivasse o confronto com o Marítimo.
Na estratégia do silêncio, apenas foram conhecidos os convocados, numa comunicação habitual mas sem novidades nos 20 que costumam a ser escalados para cada partida.
Apesar de a derrota do Moreirense, em Braga, ter constituído um alívio, e de Belenenses e Santa Clara se defrontarem entre si, também, neste Domingo, a expectativa e tensão mantêm-se.
O Vitória tem alimentado o 6º lugar – a que se agarrou como uma lapa – com os resultados obtidos na 1ª volta que deram lastro a que a equipa fosse perdendo mais jogos do que é habitual e apesar disso nunca abdicasse daquela posição de acesso ao lugar europeu.
Esse turbilhão de derrotas também impediu o Vitória de aproveitar o mau desempenho do Paços de Ferreira nesta 2ª volta e chegar ao 5º lugar.
Assistiu, assim, de camarote, ao que Moreirense, Santa Clara e Belenenses pudessem fazer, depois de o Rio Ave ter naufragado até perto do mar tumultuoso da descida de divisão.
E o 6º lugar até parece que só interessa mesmo ao Vitória porque apesar de uma boa época – que fez em função dos seus objectivos – o Moreirense esteve bem perto, mais uma vez, de disputar com o Vitória essa presença na Europa do futebol.
Neste contexto, se o Vitória ganhar na Madeira – onde costuma fazer bons resultados – essa discussão, termina uma jornada antes do fim do campeonato. Mesmo que o Santa Clara ganhe os dois jogos que tem de disputar com o Belenenses e o Farense. Neste caso, o jogo com o Benfica, que encerra a Liga, teria de dar no mínimo um empate.
Com tantas contas para fazer, consequência de um desastroso quão histórico desempenho na 2ª volta, o Vitória continua a depender de si para acabar com um campeonato confuso, marcado por sucessivos erros em que a mudança de treinadores pode ter sido o principal e por um plantel que com estrelas acabou por fazer apenas show off e desiludir a falange de apoiantes do clube vimaranense e a cidade em geral porque, ao contrário do que muitos pensam, Vitória e Guimarães são uma e a mesma coisa.
Moreno, tal como Basílio Marques (2011/12 e 2005/06) ou Manuel Machado (1995/96), Djunga (84/85) e José Alberto Torres (87/88), saltaram do banco para a ribalta ainda que por breves momentos e soluções de recurso. José Alberto Torres foi quem mais tempo e jogos assumiu o comando da equipa principal que terminou com uma final da Taça de Portugal perdida para o FC Porto por 0-1.
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