O Moreirense recebeu o Vitória, num jogo mexido, vivo, com quatro golos e com um resultado que espelha uma exibição razoável das duas equipas.
Ninguém quis perder e por isso o empate foi a repartição salomónica dessa vontade. Este foi, talvez, um dos jogos mais equilibrados entre os dois clubes no que é o derby de Guimarães.
O Moreirense foi o primeiro e o último a marcar, o Vitória empatou e colocou-se na frente do marcador. Poder-se-á dizer que ambas as equipas aproveitaram todas as oportunidades para marcar, pois, dado o equilíbrio territorial, poucas oportunidades de golo ficaram por concretizar.
A história da partida, jogada sobre intenso frio, teve um final tardio, pois, os cerca de 30 segundos que faltavam para que o árbitro Soares Dias o desse concluído, acabaram esticados em quase mais 30 minutos, por uma avaria na iluminação do campo.
O que resta dizer, de um jogo que foi vivo, bem mexido, e competitivo, também pela alternância no marcador, é que as duas equipas de Guimarães reúnem condições para continuar na principal competição do futebol português por tudo o que mostraram e pelos recursos que dispõem no que toca jogadores e treinadores.
Esta competência proporcionou um estilo de futebol quase idêntico. O Moreirense foi rápido a sair da sua defensiva, sempre em velocidade e levando a bola até perto da baliza de Bruno Varela; o Vitória também foi veloz nas suas incursões até ao meio campo contrário ainda que utilizasse mais posse de bola com trocas entre os seus jogadores.
Para dirigir a partida foi escolhido um árbitro com um passado de conflitos com os clubes, mais com o Vitória, e que apitou sempre de forma acertada, sem qualquer contestação, não se dando por isso. Até nos lances mais duvidosos, o árbitro portuense esperou pela decisão do VAR que haveria de confirmar as suas decisões.
© Liga Portugal
O Moreirense alinhou com: Pasinato, D’ Alberto, Rosic, Ferraresi, Afonso Figueiredo, Filipe Soares (Franco 84’), Fábio Pacheco, Alex Soares (Lucas Silva 72’), Pires (David Tavares 72’), Yan Matheus (Derik 89’), Walterson.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Sacko, Jorge Fernandes, Mumin, Mensah, André André, Pepelu, André Almeida (Lyle Foster 79’), Quaresma (Wakaso 94’), Noah (Lameiras 79’) Edwards (Suliman 94’).
Notas soltas:
- O golo de Edwards foi em voo, de cabeça, talvez o primeiro obtido desta maneira, concluindo uma jogada bonita e de boa execução técnica, com três intervenções soberbas: a de Quaresma que bailou com a bola até ao interior da área do Moreirense e com classe a endossou a André André. Este fez um cruzamento impecável dos tais que são com conta peso e medida. E depois a conclusão do lance com a cabeçada certeira e colocada de Edwards;
- No que toca à beleza dos golos, também o primeiro do jogo, apontado por Filipe Pires, resulta de um remate cruzado e em arco que coloca a bola longe da interacção de Varela e no ângulo esquerdo da baliza vitoriana;
- O 2-1 para o Vitória é um golo de André André com excelente finalização depois de um trabalho excelente de recepção da bola com o médio do Vitória, com três defesas por perto, a rodar sobre si mesmo, colocando de forma impecável a bola na baliza de Pasinato;
- O 2-2 surgiu num lance em que a bola, num primeiro remate, bate no joelho de Bruno Varela e ressalta para Alex Soares que aproveita o ressalto e faz a igualdade no resultado;
- Sacko continua a inventar e a mostrar que é capaz do bom e do pior. O primeiro golo do Moreirense é pelo seu corredor e foi lento na forma como abordou o lance deixando que o avançado contrário, fosse por ali abaixo e concluindo com beleza um remate indefensável;
- Noah apareceu no lugar de Óscar Estupiñán que não jogou e teve uma oportunidade, aos 61’, para fazer esquecer o seu colega, ao rematar ao lado, de cabeça, perto da baliza. Esta foi talvez a única oportunidade de golo que não foi concretizada neste jogo;
- Vasco Seabra acabou por fazer uma boa estreia no seu primeiro jogo, uma vez que o futebol praticado pelo Moreirense honrou uma (boa) prática de épocas anteriores;
- Wakaso regressou aos relvados ainda que estando em campo apenas escassos segundos, no período em que o jogo esteve interrompido, o que é de saudar depois de longa paragem;
- Outra estreia foi a de Rúben Lameiras esta semana contratado ao Famalicão;
© 2021 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.