No segundo jogo da época, para a Liga Portugal, ambos os emblemas procuram pontos o que torna o derby mais emotivo e competitivo.
Ricardo Sá Pinto quer evitar a descida de divisão e cavar mais o fosso para os clubes que lhe estão próximos. Igualmente procura evitar comandar uma equipa com um registo que seja igual ao pior ciclo da época.
Já Pepa tem a Europa na mira e os pontos são necessários apenas para esse objectivo, depois de no final do mês, a SAD vitoriana ter manifestado o interesse de participar nas provas europeias.
Por isso, ambos os clubes vão entrar em campo com a pressão de ganhar e somar o maior número de pontos, o que só pode acontecer a um deles.
Para além disto, o derby vimaranense é sempre mais um jogo amigável, ainda que as claques possam assumir algum clubismo e rivalidade, na defesa dos seus emblemas.
Sá Pinto foi o primeiro a falar, na antevisão da partida. Quando chegou ao Moreirense o primeiro jogo foi o derby com o Vizela, razão para crer que “a resposta dos jogadores será a mesma” daquela que foi dada com a equipa também vizinha.
MOREIRENSE FC – VITÓRIA SC | 03 ABRIL 18H00
Citando uma frase que atribuiu aos adeptos de que “um bom derby é um derby ganho”, o treinador sabe que “temos um grande jogo, com um adversário difícil”, muito diferente do jogo que ambas as equipas disputaram para a Taça de Portugal.
“O Vitória – diz – tem sempre uma massa adepta fantástica a apoiá-lo” e o Moreirense teve duas boas semanas para trabalhar aspectos importantes da sua dinâmica de jogo.
Lembrou que “os resultados obtidos na competição, trouxeram-nos uma tristeza global e um grande desgaste físico e mental”, agradecendo à paragem para os jogos de Portugal como algo “benéfico” em que o Moreirense se preparou para “um período difícil mas que pode trazer bons resultados”. Agora com os jogadores recuperados, Sá Pinto vê a sua equipa “com energia e com lucidez” para atacar os restantes sete jogos que faltam até ao final da prova.
Reconhece que “temos sentido um forte apoio dos adeptos, que colocaram tarjas no centro de treinos e no campo”, aliciando os adeptos com um “acreditem em nós que nós acreditamos em vós”.
GRÁFICO DE FORMA MOREIRENSE:
No actual contexto, Sá Pinto sabe que o jogo e o caminho a seguir são difíceis mas acredita no sucesso da equipa para atingir os objectivos globais. “Vivemos momentos em que nos faltou a felicidade e os resultados – que todos sabem são o que nos motiva e proporciona alegrias”.
Sá Pinto pede união porque “só unidos podemos vencer” e “ninguém salta fora” dos objectivos que o clube tem de atingir. Admite que “gosto muito de estar no Moreirense, tenho muito orgulho no que faço, gosto muito da minha equipa, tenho-me divertido muito a trabalhar com eles, infelizmente não temos tido a recompensa do trabalho que temos realizado”.
“É um caminho duro, com muitas barreiras, mas vamos ultrapassá-las”, afiança o treinador que espera a recompensa dos pontos, até ao final do campeonato. Sustenta ainda que “nesta fase crucial da Liga, onde tudo se decide, são os resultados e não as exibições que podem mudar tudo”.
Sá Pinto não vai poder contar com Steven Vitória que chegou da selecção do Canadá com uma lesão que o deixa de fora da convocatória. Também Sori Mané não poderá ajudar a sua equipa a pôr fim a uma sequência de seis jogos sem ganhar e em 10 sempre a sofrer golos.
“Um ponto não serve para ninguém”
Pepa já admitiu que quer um Vitória forte para o jogo com o seu rival de Guimarães. O treinador entende que “um ponto não serve para ninguém”, pelo que antevê que os dois conjuntos apostem em ganhar a partida.
Voltando a contar com o apoio “tremendo” de uma massa adepta, de cerca de 1200 adeptos, o treinador acredita que este apoio moral “empurra-nos, dá-nos uma força tremenda, ainda para mais num Domingo”.
GRÁFICO DE FORMA VITÓRIA:
Pepa não tem contas a ajustar com ninguém e apenas quer que os seus jogadores “joguem no limite” como se de um jogo normal se tratasse. Até porque sabe que o Moreirense mesmo na situação em que se encontra tem as suas forças.
O treinador não vai estar no banco, depois do castigo que lhe foi aplicado na sequência do ocorrido no jogo com o Sporting e de um recurso que não foi validado pela justiça do futebol.
“Estar na bancada aos gritos não faz sentido, mesmo sem o Samuel Correia ou o Pedro Oliveira estará o Hugo da Silva. Não é por aí que se decide este jogo”. Lembrando que o que lhe aconteceu “é agora incompreensível”, com algum humor sobre a sua presença no banco de suplentes, Pepa diz que “a banda toca, passa e não se passa nada”, rejeitando alimentar mais este tema e a decisão de Fábio Veríssimo apenas porque “não sou arruaceiro, nem mal educado e o que fiz não justifica qualquer pena” – concluiu.
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