Há mais um volume (131) da Revista de Guimarães disponível para leitura e consulta e já foi apresentado na Sociedade Martins Sarmento (SMS).
É o número referente a 2021, ainda com os efeitos da pandemia na memória. Depois do primeiro volume, editado em 1884, a SMS continua a publicá-la como um baluarte cultural, ano após ano, século após século.
Cumprindo o objectivo inicial de ser “um meio fácil e eficaz de divulgar e vulgarizar a ciência, os conhecimentos úteis em todos os ramos da actividade humana”, a Revista de Guimarães ocupa, hoje, um lugar na cultura local, regional e nacional.
“Não é muito frequente ter esta longevidade” – sublinha Maria João Pinho, da Faculdade da Universidade do Porto, que se predipôs a tecer considerações não apenas sobre a mesma como sobre os conteúdos insertos nesta edição 131.
A professora bem tentou, na sua pesquisa, simples e rápida, procurar semelhante exemplo, de uma revista que perdurasse no tempo, infinitamente, e não encontrou igual.
E foi à procura de um passado florescente de nomes de homens que deram o seu contributo para que a publicação se mantivesse viva. José Sampaio, Avelino da Silva Guimarães, Alberto Sampaio, Avelino Germano, Mário Cardozo e tantos outros.
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Outros houve que deixaram escritos seus associados ao historial dos conteúdos da Revista, tais como Raúl Brandão, Teófilo Braga, Leonardo Coimbra.
Perante este quadro de honra de homens ligados à cultura, ao longo dos tempos, Maria João Pinho reitera que “esta Revista tem muita história” e que sobreviveu uma untas peripécias da história, tornando um meio fácil de divulgar a ciência.
Ilustra que a Revista de Guimarães foi acolhendo “outros trabalhos em diversas áreas, ainda mais sociais”.
Destaca como a Arqueologia também ocupou o leque de conteúdos das várias e sucessivas edições na história da publicação. E como no recente volume, “a diversidade temática” continua a distinguir o programa editorial da publicação.
Lembrou os artigos dedicados à História e à Arqueologia que reforça a sua unidade temática; também o artigo que mereceu o prémio de história de Alberto Sampaio, a própria descrição da actividade da SMS, a história contada por Manuela Alcântara e Fátima Silva sobre os livros de contas de um ourives vimaranense do século XIX.
Também comentou o artigo sobre “O Azemel Vimaranense” – o primeiro jornal vimaranense, cuja publicação fará 200 anos no próximo ano. E cujo exemplar de 1823, em fac–símile, foi entregue à SMS.
“Foi o sítio ideal para para integrar este espólio” – declarou Maria João Pinho, da FUP, sobre o facto de ter sido a SMS a receber este exemplar do primeiro jornal que se publicou em Guimarães.
Um motivo mais para enriquecer o fundo cultural da instituição que desperta a atenção dos investigadores.
Antero Ferreira, presidente da SMS, salientou os 138 anos da Revista de Guimarães e o prestígio que ela dá à instituição que dirige. Na apresentação que faz – e escreve – na própria Revista, para além de justificar a opção pelos conteúdos insertos nas cerca de 253 páginas deste volume, também considera que a publicação se afirma “no panorama científico nacional” e a qualidade dos trabalhos que tem vindo a ser publicados, “animam a direcção da SMS a prosseguir com este projecto”.
📸 GA!
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