O projecto Valornature envolve mais de 50 instituições e empresas e tornou-se em centro de excelência do Norte de Portugal e Galiza em materiais sustentáveis.
O PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho, sediado no campus de Azurém lidera o projecto Valornature, em parceria com a Agência Galega da Indústria Florestal e o Centro Tecnológico do Automóvel da Galiza.
Beneficiando de um apoio de 2,3 milhões de euros do programa Interreg, o Valornature congrega mais de 50 instituições e entidades que valorizam os subprodutos agroflorestais, marinhos e extractivos em áreas-chave da economia, como automóvel, aviação, naval, construção e desporto.
Viseiras a partir de cabides, trotinetes com laminado de madeira e carbono, novos recipientes cosméticos, móveis diferenciados, cabides reciclados da Adolfo Domínguez, peças injectadas para veículos, fibra de carbono verde, estruturas para construção, artesanato e rifles submarinos são exemplos da trintena de materiais agora criada no Norte de Portugal e Galiza com resíduos do sector primário.
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Este centro de excelência avaliou no início o potencial dos recursos endógenos do noroeste ibérico, caracterizando 12 resíduos em particular, como biomassa de giesta, toxo, vide, oliveira, kiwi, casca de mexilhão, pó de pedra e resíduos industriais.
Depois desenvolveu mais de 30 materiais sustentáveis, um protótipo de fibra de carbono verde e 25 demonstradores tecnológicos, em parceria com várias empresas desta euro-região. Os resultados foram agora divulgados em Santiago de Compostela.
“Permite responder às necessidades do sector empresarial de toda a euro-região e, assim, aumentar os níveis de competitividade industrial…”
“O Valornature é um verdadeiro ecossistema de inovação e transferência de tecnologia, capaz de promover investigação de excelência com base em modelos de economia circular e simbiose industrial”, diz o director do projecto, Bruno Pereira da Silva. “Permite responder às necessidades do sector empresarial de toda a euro-região e, assim, aumentar os níveis de competitividade industrial, diminuir a taxa de desemprego e afirmar a resiliência deste território com mais 6.4 milhões de habitantes”, acrescenta.
O PIEP nasceu em Guimarães, em 2000, por iniciativa da indústria e em estreita ligação à UMinho e ao IAPMEI. Dá resposta às necessidades de I&D de empresas de diversos sectores, apoiando na formação e na criação de produtos inovadores, tecnologias e ferramentas. Tem realizado inovações como uma cápsula espacial, uma mala inteligente, um biopolímero resistente e soluções para a alta velocidade.
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