Quando há uma disputa verbal mais acesa, no mundo pequenino da política local, eis que surgem as ‘virgens ofendidas’, a defender e a atacar as palavras usadas pelos contendores.
Uns sentem-se desrespeitados, outros consideram a honra e o carácter dos visados ofendidos, logo demonstrando várias coisas:
- 1. É que os eleitores/leitores escolhem logo quem defender e atacar, consoante seja do “nosso” ou do vosso partido.
- 2. Em Guimarães a luta política tem de ser ultrapassada pela urbanidade pessoal, como se em política o discurso tivesse que ser polido, elegante, cinzento, frouxo.
- 3. Os eleitores/leitores limitam, condicionam até um bom debate e uma forte discussão como algo não partidário e não político. Quando o é…
- 4. Ninguém deve aborrecer-se com a liberdade de opinião, a livre discussão de ideias, o confronto verbal (bem melhor que o físico), na esfera política.
- 5. Se, por acaso, em Guimarães se discutisse como em Lisboa, nas ruas e no parlamento, a Penha viria abaixo, pois não há tolerância para a troca de opiniões… que não passam disso mesmo!
- 6. O poder incomoda-se com as cócegas que se lhe fazem por palavras… a oposição delira com as críticas a quem manda e o facto é que quem devia defender a democracia e os seus valores acaba envolto em confusões, de semântica, de verbo e de personalidade.
- 7. Só temos de aceitar que quando falamos de Bragança, de Costa, Araújo, Brás e muitos outros… falamos deles porque o que está em causa é o seu comportamento e acção política. Os senhores que eles não deixam de ser ficam em casa e à porta da Câmara ou de qualquer órgão autárquico.
- 8. Guimarães precisa de um debate vivo sobre o que quer ser e o que cidadão julga poder ser o seu desenvolvimento. Mas não poderá fazê-lo se os que estão de fora, julgam que os seus representantes são virgens que se podem ofender ou Deuses em que não se pode tocar…
- 9. Por isso o nível político das intervenções é o mais baixo que há, o pensamento é tolhido, e muitos pensam que todos devemos “dizer bem do senhor presidente da Câmara”…
- 10. Os políticos merecem mais críticas que elogios até para poder melhor exercer o poder, a bem dos cidadãos e estes devem saber como criticar e exigir mais daqueles que dizem servir-nos e não servirem-se.
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