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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

ADCL: “Então Vamos”… foi a Guardizela mostrar-se como teatro participativo

As cenas e o enredo são do casamento de Antoine e Amélia, contados num dos episódios da rádio novela e os actores dão corpo ao projecto “Então Vamos” que a ADCL exibe em horário nobre.


Agora, em Guardizela e no espaço público em redor da igreja e da Casa Castelo do Centro Social, montaram o palco de uma actuação que revela um dos mais interessantes grupos de teatro amador – que não o pretendendo ser, nem é – redundou numa forma desinteressada de um conjunto de homens e mulheres darem largas à sua condição de actores. E alegre e apaixonadamente se entregaram à representação teatral.

O grupo, criado no âmbito da ADCL – Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais, com sede em São Torcato, foi a Guardizela mostrar-se, também, numa descentralização e intercâmbio cultural que se sublinha pela sua espontaneidade e dinâmica. E até exemplo, de cultura viva, popular e que liga os actores aos espectadores.

O que estava em causa, para além da troca de experiências, foi dar a conhecer outro projecto “Fazer Presente” de teatro participativo em diálogo inter-geracional que a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação La Caixa apoiam.

© Alexandra Fernandes

A história, interpretada com vivacidade e com os actores vestidos com um guarda-roupa apropriado, mostra os noivos e convidados a saírem da igreja e a sua entrada na Casa do Castelo, onde se realizou a boda. A realização capta o auto-retrato habitual com os actores desta peça, em diálogo entre jovens e seniores, numa dinâmica de partilha das suas histórias e do seu modo de existir. 

Uma forma de “Fazer Presente” pela escrita colaborativa e experimentação cénica. Nesta evidência do teatro participativo, a partitura sonora e coreográfica ajudou a que grupos de dois territórios se juntassem num palco vegetal, numa jovem floresta de carvalhos, partilhando a montagem e a apresentação final do espectáculo.

Atentos, os espectadores e os actores – também voluntários do “Então Vamos” – conseguiram que o espectáculo fosse também “uma reunião de amigos, de cúmplices, materializando a sensação de comunidade que nasce da escuta dos outros pares – falando das suas coisas, mostrando as suas recordações e mostrando-se a si mesmos”.

O teatro como veículo para o encontro entre as pessoas, questionando vidas humanas e apresentando imaginários criativos das mudanças do presente está subjacente a este projecto.

Os jovens ex-alunos do curso de teatro da Universidade do Minho surpreenderam os presentes com um pequeno concerto, seguindo-se a actuação do Grupo de Cavaquinhos de Guardizela.

A Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais, entidade promotora dos dois projectos, agradeceu a todos aqueles que contribuíram para a realização deste evento e performance, e o apoio especial da Junta de Freguesia de Guardizela, União de Freguesias de Abação e Gémeos, Centro Social de Guardizela, Tasca do Carneiro, VivaPark e de todo o elenco de actores.

© 2021 Guimarães, agora!


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