Há um ano que um governo de mitómanos sob a ameaça de um vírus mantém um povo inteiro como refém, com proibições grotescas, restrições absurdas e discriminatórias desprovidas de lógica e de bom senso.
Há um ano que o governo de mitómanos dividiu a população em boa e má, ao obrigar um segmento da população a ficar confinada em detrimento de outro que nunca perdeu rendimentos.
Há um ano que um governo de mitómanos conduz o país para a ruína, enquanto finge que está tudo sob controlo, não obstante os pedidos de ajuda internacional feitos à socapa. Atrás dele esconde-se um exército de especialistas e oráculos pagos com o dinheiro dos reféns, que fazem previsões que nunca se concretizam e que repetem o “fique em casa”, para justificar tudo o que o governo de mitómanos faz.
Há um ano que um governo de mitómanos sem precedendentes, com poderes quase ilimitados, governa sem uma linha estratégica, sem uma intervenção estrutural, sem prevenção, mas com anúncios e medidas mutantes e ineficazes.
Há um ano que um governo de mitómanos nos obriga a viver, pela primeira vez na nossa vida, em regime de vigilância policial e sob o bombardeio diário de terror mediático. A liberdade deixou de ser um direito para passar a ser uma concessão graciosa do poder dos mitómanos.
Há um ano que fomos obrigados a trocar a nossa saúde mental pela protecção da saúde física. Ambas obscenas que nos tornam infelizes, miseráveis, escravizados, amedrontados e deprimidos. E como se não bastasse, o mitómano mor ameaça que “ainda vai continuar”.
Há um ano que os noticiários abrem e fecham com a figura do grande líder dos mitómanos, que surge sempre em passo rápido, a descer ou a subir escadas e a fazer promessas contínuas de intenções, que resultam num adiamento sistemático de acções. Todos os dias, todas as noites a cena se repete. “Vamos fazer”, “vamos dar”, “vamos”…, “vamos”.
Há um ano que os mitómanos da saúde se desfazem em entrevistas nos canais de televisão, num ritual de vaidade e arrogância para não dizer nada, excepto para se gabar de conquistas que nunca alcançaram, para chamar criminosos a quem ousa criticá-los e anunciar coisas que não correspondem à realidade, limitando a sua acção à comparação com outros países quando não a negar a realidade e os dados exibidos nas suas costas em grande plano, como aconteceu ontem com a mitómana Marta Temido na SIC.
Há um ano que qualquer dado negativo é uma censura para os cidadãos, a culpa é sempre deles. O aumento de óbitos e de casos data de Novembro? A culpa é deles por não terem ficado na praia até ao Natal. O aumento de óbitos e de casos data de meados de Janeiro? A culpa é das compras que fizeram a granel na véspera de Natal. Às vezes é culpa é do frio ou das variantes, como se um e outras fossem um exclusivo de Portugal.
Há um ano que a informação se transformou em administração e intimidação, deixando de lado as notícias para nos dizer como nos devemos comportar, advertir e ameaçar qualquer dissidência com o terror das imagens.
Cada noticiário é uma exortação militante ao alinhamento da propaganda dos mitómanos, através de manipulações grosseiras, como as entrevistas feitas a pessoas à saída dos cuidados intensivos, que depois de passarem um mês isoladas das famílias, com medo e sofrimento, quando voltam a vida a primeira e única coisa que tem para dizer é convencer os cépticos sobre o vírus. Tipo, estão a ver o que vos pode acontecer, ó negacionistas do mundo e arredores? Tenham medo, muito medo. Fiquem em casa. É claro que há sempre quem acredite que aquela observação é espontânea e não fruto de uma pergunta em off, do género, qual é a sua resposta para aqueles que subestimam o vírus?
Não menos grosseiro, senão demencial, é o abismo entre a realidade e a ficção. Qualquer pessoa que sai para rua encontra vizinhos, conhecidos, amigos que nos dizem estar fartos das medidas do governo, que já não suportam ver a cara dos mitómanos, irritadas por terem perdido o emprego ou por terem de fechar os seus negócios, angustiadas pela quantidade de mortos e de casos, desanimadas por não conseguirem visualizar o futuro, falidas por não terem qualquer apoio dos mitómanos, não obstante as suas constantes promessas, revoltadas com as infames proibições de circular entre concelhos, de se sentarem num banco de jardim ou de passearem na praia. Em vez disso, o que nos entra pela casa adentro é que estamos todos muito felizes com o confinamento, com o teletrabalho e com a miséria que nos rodeia. Se não fosse tudo tão ridículo e insano quase jurava que os noticiários são embalados em Pequim e depois enviados para cá, como o vírus, as máscaras e os ventiladores que nunca funcionaram.
Obviamente que esta campanha intimidante visa isentar o governo dos mitómanos de toda responsabilidade, fazendo-a recair sobre o comportamento dos cidadãos.
O mais absurdo de tudo isto é o consentimento tácito ou silencioso de todos os poderes: do Presidente da República aos Partidos, da Assembleia da República aos poderes institucionais e constitucionais.
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