O presidente da Associação Empresarial de Guimarães, Rui Castro Dias justificou que “a qualificação da mão-de-obra, é essencial para o crescimento sustentável das empresas, e continua a ser uma preocupação, especialmente no que toca à retenção de talento jovem”.
Na apresentação do seminário ‘Futuro Económico de Portugal: Desafios para 2025’, defendeu ainda que “o investimento empresarial é frequentemente comprometido pela lentidão das entidades do Estado, ou seja, as empresas tem um plano de negócios exigente, e toda esta estratégia é colocada em risco quando falamos em apoios provenientes dos fundos europeus PT2030 e PRR”.
Disse, também, que são “os atrasos nas respostas e a lentidão das entidades competentes e posteriormente na própria transferência dos respectivos fundos” que geram maior conflito em situações de investimento.
“Vê-se travado por processos administrativos que não acompanham este ritmo de desenvolvimento.”
Rui Castro Dias, considerou este fenómeno, como “uma realidade que gera um país a duas velocidades, onde o sector privado avança com dinamismo, ou antes, quer avançar com dinamismo, mas vê-se travado por processos administrativos que não acompanham este ritmo de desenvolvimento”.
Por isso, “não há investimento que resista a este cenário por muito tempo” ao qual se juntam “muitos desafios estruturais” para os quais se exige “uma urgência de mudança”.
Elencou, ainda, quais são os desafios a vencer em ordem a dar “às empresas um ambiente competitivo, assente em pilares fundamentais” que permitam o investimento em tecnologia, na economia circular e na indústria 4.0, nas energias renováveis, na diversificação dos mercados, na valorização da mão-de-obra especializada, com melhores salários, tornando “Portugal um pólo mais atractivo de talento”.
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Falou ainda das reformas na Justiça, Segurança Social e Administração Pública, garantindo maior agilidade e previsibilidade na relação entre empresas e o Estado, a par de um sistema fiscal mais equilibrado, que permita às empresas competir em condições justas com outros países da União Europeia.
Invocando rankings, Rui Castro Dias, lembrou que Portugal, no seio da OCDE, num universo de 38 países, ocupa o penúltimo lugar de competitividade fiscal com mais impostos sobre as empresas.
E apresenta índices muito baixos de literacia financeira, e de pouca atractividade para o investimento estrangeiro, devido à falta de reformas estratégicas que se reflectem no atraso que enfrentamos face a economias mais dinâmicas.
Defendeu, depois que o ‘Futuro Económico de Portugal: Desafios para 2025’, não é apenas “um momento de análise, é uma oportunidade para lançarmos um debate aberto sobre as soluções que podem trazer um novo impulso à economia nacional”.
Anunciou que a Associação Empresarial de Guimarães reafirma o seu compromisso em ser “um agente activo nesta transformação”, num caminho que só pode ser percorrido em conjunto: empresas, associações, ensino, instituições públicas e Governo, que têm de trabalhar lado a lado para criar um ambiente económico mais favorável, sólido e competitivo.
A AEG vai apostar “fortemente” na formação, financiada a 100%, o que representará mais de 3500 horas de formação.
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