Começa hoje, com uma agenda de espectáculos de alguns dos mais inovadores coreógrafos do mundo. Rocío Molina inicia o desfile de um evento (21h30) que “estimula formas de expressão virtuosa, poética, radical, social e política” vertidas na dança, como um compromisso da relação integrada da “parte outra”, humana ou mais do que isso, como escreve Rui Torrinha, director artístico do festival.
A edição deste ano, sucede à de um ano atrás sobre a “humanidade” que foi um êxito artístico e multi-cultural; agora, o que se pretende é abraçar a “outralidade” que tenta ir mais além da diferença, servindo-se da dança como instrumento e apelo.
E acentuar, neste mundo da dança, “o campo sensorial, com a sua poesia, o sagrado, a política e a ética”, afirmando que “é na relação com o outro que se forma o eu”, na versão de José Gil, bem expressa na sua obra ‘Caos e Ritmo’.
Em cima do palco, do auditório Francisca Abreu, estarão artistas que darão força à energia vibrante que resulta do GUIdance, um festival que expõe a dança contemporânea em versões diversas, em estilos diferentes e com artistas que passam para o corpo a expressão das suas criações e dos seus sentimentos e filosofias.
Haverá por certo excitação pelo que se apresentará em palco mas o que se passa fora do espaço do Centro Cultural Vila Flor não pode ser olvidado pelas propostas contidas em actividades paralelas que mostram a dança noutra dimensão como o ‘Bailar Fora de Casa’, conversas, embaixadas de dança, masterclasses, debates, cinema, ensaio aberto, e performance no museu.
Entre 6 e 15 de Fevereiro, será assim o GUIdance, um misto de espectáculo, de criação e de mediação cultural já com algum público afectivo e que pode ser oportunidade para conquistar novos adeptos, sobretudo jovens para quem o mundo da dança pode estar mais ao alcance, como actividade ou percurso a seguir.
Haverá espectáculos e actividades nos espaços culturais de A Oficina: Centro Cultural Vila Flor, no Teatro Jordão e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães. O GUIdance 2025 acentuará o seu carácter trans-fronteiriço com cruzamentos disciplinares, num conjunto de nove espectáculos onde estará patente a diversidade de estilos de dança expressos em convivência inter-geracional e entre diferentes géneros artísticos como a dança e a música.
A diversidade é igualmente marcada nas raízes geográficas dos criadores (Portugal, Espanha, Irão, França, Tunísia e Bélgica).
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