Grupo JOM totalmente vimaranense
É um dos mais activos no momento, pelos investimentos que faz em sectores diversos da economia e de negócio. Tem uma dinâmica própria, ditada pela genica, labor, inteligência e humildade de Joaquim Oliveira Mendes que se tornou no comandante de um navio com várias âncoras.
A sede do grupo está localizada em Ponte, onde se situam os escritórios centrais e um armazém de logística. Os outros armazéns são em Aveiro, a ser ampliado para 2 mil m2 de área; e um terceiro, em Santarém, com 15 mil m2 de área e onde estão guardados os produtos importados.
Com estas ramificações, de lojas e armazéns, a JOM tornou-se também num grupo nacional que poderá chegar a Portimão, no Algarve, este ano, como é intenção de Joaquim Mendes que ali espera abrir outra loja.
A par do comércio e da indústria, nasceu agora – em Dezembro de 2019 – a JOM investimentos e construção, uma sociedade anónima para gerir a construção de novos espaços e um sector onde já há muito Joaquim Mendes queria investir. Esta nova empresa vai fazer a gestão de imóveis para o mercado de rendimento, e a construção, ampliação e manutenção de instalações e edifícios.
No futuro, mais ou menos imediato – durante 2020 -, o grupo JOM quer investir no imobiliário com a construção de 58 apartamentos na antiga Fábrica do Castanheiro, a par com um hotel, no mesmo espaço.
Mas também neste sector a actividade do grupo expande-se pelo território nacional. Um hotel, mais pequeno, será construído em Sintra, há pouco menos de um mês, foi comprado o Retail Park de Ponte, onde se registará uma dinamização daquele espaço.
Também, em Silvares, a JOM vai investir num edifício industrial, para uma fábrica de cabos eléctricos para uma empresa alemã, a par com outros empresários que se uniram para edificar um grande espaço de terreno.
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Estes investimentos estão todos aprovados e seguem o seu curso de concretização.
Um conjunto de apartamentos também está a ser construído em Vila Real e no Porto, num total de 190 apartamentos.
Interrogado se não se cansa de “tanto fazer e de investir”, Joaquim Mendes sorri e declara que “até 2024 ainda temos muito para fazer”.
Confrontado se tinha em mente, em 1978, construir o grupo que detém hoje, Joaquim Mendes é sincero e responde “não”. E acrescenta, “se me fizesse a mesma pergunta sobre se há 10 anos atrás também sonhava com o que tenho feito, também dizia não!”
O sonho verdadeiro de Joaquim Mendes, era ter “uma casinha para mim e para a minha família e ter uma vida à imagem de qualquer cidadão”.
E justifica: “sou filho de pais agricultores, de Longos, nunca tive nenhuma herança, foi tudo conseguido a pulso, pelo trabalho, e pelos valores que recebi de minha mãe”.
“Esta foi a melhor herança que tive da minha mãe e que não desbaratei. Fiz-me à vida…”
Joaquim Mendes, orgulha-se – e guarda – as recomendações que sua mãe lhe dizia, quando mais novo: “O meu primeiro salário foram 2 contos (10 euros)… quando cheguei a casa, em finais de Fevereiro, eu disse à minha mãe que os tais 2 contos não chegavam para a gasolina da motorizada. E a minha mãe disse-me “olha rapaz se o patrão te pagou 2 contos, pagou-te muito, porque no meu tempo pagava-se para aprender a arte. Portanto, aprende a arte e faz-te à vida”.
“Esta foi a melhor herança que tive da minha mãe e que não desbaratei. Fiz-me à vida…”
Estes pensamentos, porventura simplistas, não caíram em saco roto, Joaquim Mendes evoca-os porque lhe tiritaram na cabeça, anos a fio e até hoje. E com eles, Joaquim Mendes encarou o futuro: “sempre me foquei e pensava no que a minha mãe dizia e sempre que havia um infortúnio ou adversidade, era naquelas palavras que me focava para vencer os desafios, numa luta quase sempre contra a maré, e sempre e quando era mais difícil, sem vacilar”.
Hoje, Joaquim Mendes sente-se orgulhoso do seu passado, de filho, de pai, de marido, de empresário e de cidadão. Sem cansaço algum.
“Após, cada dia que passa tenho mais energia, sinto orgulho no que fiz mas sinto que está muita coisa para fazer”.
E então quando pensa parar?
“Deus é que sabe…” – responde exaltando o seu espírito católico que recebeu também dos seus pais.
Aos 59 anos, Joaquim Mendes não pensa na reforma, “ainda não está nos meus planos”, consciente de que “está nos livros de que os que se reformam, em dois a três anos, entram em retrocesso. A actividade dá-nos vida”.
Sobre se considera um homem rico, Joaquim Mendes, graceja que “sinto-me um rico homem, com saúde e todos os dias quando me deito, agradeço por mais um dia, com saúde”.
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