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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

A maior urbanização dos últimos tempos

Economia

É uma das maiores operações urbanísticas dos últimos tempos, realizadas em Guimarães, e será, hoje, aprovada na reunião da Câmara Municipal.

A nova urbanização, ainda sem nome, será um legado de Herculano José Fernandes e seus filhos, à cidade e a Guimarães, está localizada nos terrenos que se situam nas traseiras do Hotel de Guimarães, e que confrontam com a Avª D. Afonso Henriques e Rua de Caldeirôa, estende-se por uma área de mais de 66 mil m2. Vai ter vários usos: habitação, comércio e serviços. No loteamento prevê-se a construção de 693 fogos, área para lojas comerciais e também para serviços nos edifícios com maior altura.
A Câmara também fica ligada a esta operação, uma vez que o contrato de urbanização estabelece que a antiga Fábrica do Arquinho vai passar para a propriedade municipal, por um valor de 1,5 milhões de euros, o que pode exigir um programa de construção e de uso, mais exigente, que possa justificar até a aquisição daquele imóvel. No mesmo perímetro, urbanístico, mas já em posição de confrontação com a Rua Dr. Eduardo Almeida (da estação dos Caminhos de Ferro), será implantado um supermercado com a insígnia da Mercadona. Ou seja, em poucos mais de 70 mil m2, numa área central da cidade, será construída uma “cidadela” que terá um forte impacto na cidade. É que pelo meio daquela urbanização, vão passar duas ruas, com 6 m de largura cada, paralelas, e uma terceira rua com a mesma largura. Da Avª D. Afonso Henriques, muito perto da Fábrica do Cavalinho, vai poder virar-se à direita, para a Rua da Caldeirôa e em direcção ao mercado municipal e Guimarães Shopping; a outra rua ligará a rua Dr. Eduardo Almeida (a rua da estação da CP), até à Caldeirôa, desviando trânsito local também na mesma direcção e servindo as novas habitações que vão ser construídas na zona. Ao lado de uma desta vias, implantar-se-á também uma ciclovia que ligue a Avª D. Afonso Henriques a outras vias cicláveis da cidade.

Esta operação urbanística só foi possível pela intervenção e participação do Município e de investidores privados: a Câmara que procura soluções para dar maior dinamismo à cidade e preencher espaços vazios do seu interior, apontando em conjugar diversos interesses próprios e da comunidade e da economia urbana; enquanto “dona” única, de uma extensa área de terreno, a imobiliário do grupo Herculano Fernandes, era parceiro imprescindível desta operação de loteamento conjunto, a que se aliou a Irmãdona – empresa portuguesa que gere os supermercados da Mercadona – interessada que estava na implantação de um supermercado naquela zona. Vem de 2017, o interesse em tornar habitável esta parte da cidade, numa baixa, e que se pode tornar também num centro de negócios, concluindo-se em dois anos, uma operação que levou ao ajustamento de procedimentos, das partes, para ser possível agora com a deliberação da Câmara e ulterior aprovação da Assembleia Municipal. Ao aceitar ser parceira desta solução urbanística, a Câmara quer dar respostas a desafios que se colocam a cidades contemporâneas, desde os habitacionais, aos de comércio e serviços que são necessários implantar, ao povoamento de áreas que foram pedaços industriais, pequenos territórios rurais, e que se refuncionalizados e requalificados, podem modernizar a cidade, dar uma nova aragem, uma vitalidade diferente e resolver até alguns dos problemas actuais, como o excesso de carros na malha urbana, tornando o trânsito automóvel mais fluído e com um circulação mais dinâmica. Guimarães tem, assim “uma intervenção urbanística global, concertada e programada no tempo, compatibilizando diferentes investimentos e obras”.

  • Área do terreno: 66.588,81 (m2)
  • Área de cedência ao domínio público: 24.315,76 (m2)
  • Área de estacionamento descoberto: 3.723,39 (m2)
  • Nº de lugares de estacionamento descoberto: 220
  • Volume de construção: 397.651,73 (m3)
  • Área total de construção: 143.594,78 (m2)
  • Área bruta de construção: 97.392,95 (m2)
  • Habitação: 84.012,60 (m2)
  • Garagens: 46.201,83 (m2)
  • Nº de fogos a construir: 693
  • Nº de pisos acima da cota da soleira: 5 a 6
  • Nº de pisos abaixo da cota da soleira: 1 a 3
  • Altura média dos edifícios: 12 a 22 (m)
  • Comércio: 9.386,46 (m2)
  • Área dos lotes: de 849,76 a 3096 (m2)
  • Serviços: 3.993,89 (m2)
  • Nº de lotes da urbanização: 18

© 2019 Guimarães, agora!

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