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Sábado, Novembro 23, 2024

Taipas: obra do centro cívico acabou… em 6.023.764,73€

Economia

A conta final, da empreitada da obra iniciada em 2020 sofreu atrasos sucessivos, foi aprovada na última reunião de Câmara.

Hugo Ribeiro, vereador do PSD, estranhou o valor final, com uma derrapagem de 1,3 milhões de euros. “Deve ter sido penoso para alguém que preza as contas certas” – observou.

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Iniciada num valor de 4.696.356,89€, preço inicial da adjudicação, a obra foi sofrendo aumentos por trabalhos complementares aprovados em diversas reuniões do executivo. E teve até uma revisão de preços provisória de 437.703,31€.

O vereador estranhou que “ainda não tinham passados seis meses sobre a adjudicação e já havia 600 mil euros de obras suplementares”.

E alertou que “estas ruas, agora reabilitadas vão ser alvo de novas obras brevemente” com a implementação dos trabalhos de prospecção geológica para o projecto do Metrobus.

Hugo Ribeiro interrogou se “a população das Taipas que enfrentou quatro anos de obras, vai voltar a ver o centro da vila num pântano?”

“Os comerciantes dizem que é o fim do negócio.”

Sobre os efeitos da obra no quotidiano da população taipense, o vereador do PSD afirmou que apesar de “várias vezes reorçamentada”, a obra “não satisfaz a população”. E justifica: “Os condutores e motoristas profissionais queixam-se do caos no trânsito, os comerciantes dizem que é o fim do negócio; as Taipas passaram a ter hora de ponta com as mudanças na circulação que esta obra impôs”.

Antecipando a obra do BRT ou Metrobus, em via dedicada, Hugo Ribeiro acentuou que “os estudos geo-técnicos deixam-me muito apreensivo, porque em grande parte do trajecto o percurso segue em cima da EN 101. Há dois pequenos troços verdadeiramente dedicados, em Fermentões e na vila de Ponte e não está prevista uma nova travessia do Ave”.

Domingos Bragança (presidente CMG) e Hugo Ribeiro (vereador PSD). © GA!

E perguntou a Domingos Bragança se “acredita numa solução a que se possa chamar ‘em via dedicada’ que não comporte uma nova travessia do Ave?”

Para o presidente da Câmara “esta obra ficou muito bem”, tendo em conta “o contexto do tempo em que se realizou, pandemia, subida dos preços dos materiais, encarecimento da mão de obra”.

Acredita que esta obra fortaleceu “a centralidade das Taipas”, deixando claro que “ela nunca preriorizou o automóvel, foi sempre assumida como espaço de encontro”.

“Vai demorar algum tempo que parte da população perceba o seu conceito.”

Aceita que “vai demorar algum tempo que parte da população perceba o seu conceito”, de obra do centro da vila, com qualidade e materiais nobres “como a pedra basáltica utilizada em alguns pavimentos que substituiu pilares e pinúsculos por vasos com flores”.

Agora, obra feita, Domingos Bragança acredita que “os comerciantes vão compreender melhor a sua essência de espaço pedonal, de vivência urbana, com mais dinamismo comercial”.

Sobre a derrapagem dos preços, Domingos Bragança salientou que “sou o primeiro a sentir desconforto quando a obra é executada com valores superiores ao concurso”. Justificou-a com “trabalhos a mais, com a prospecção arqueológica” e deixou claro que “não houve omissões, nem negligência”.

© 2024 Guimarães, agora!


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