Bruno Fernandes, vereador do PSD voltou a manifestar-se contra a discriminação salarial existente no Município.
A Vitrus Ambiente atribuiu, uma vez mais, um ‘Prémio de Desempenho’ a todos os seus colaboradores, tornando-se numa ilha salarial no oceano municipal.
O vereador do PSD pediu regras claras para atribuição destes prémios e solicitou explicações ao presidente da Câmara porque é que os restantes trabalhadores da administração municipal – directa e indirecta – não têm as mesmas benesses.
Bruno Fernandes e Domingos Bragança, esgrimiram argumentos sobre a discriminação que se repete, o que leva a que, nos bastidores, já se diga “vamos todos para a Vitrus”.
O vereador social-democrata, entende que as entidades em que o Município participa com a injecção de dinheiro – cooperativas e empresas municipais – “não devem ter menos responsabilidade e rigor na defesa do interesse público”.
Porém, enunciou que “há vários exemplos de subjectividade nas empresas municipais, onde a Câmara é apenas o financiador”. Tal como acontece na Vitrus.
Ora, o dinheiro que paga aos funcionários públicos no Município e aos privados de outras empresas e cooperativas, provém do mesmo cofre: o orçamento municipal.
Neste caso, os trabalhadores da empresa que tem vindo a ‘engordar’ com mais funções, beneficiam do critério – subjectivo – da sua administração que não está em pé de igualdade com as outras entidades ditas do perímetro municipal.
Bruno Fernandes acusou Domingos Bragança, de ser ‘negligente’ ao não promover a igualdade de tratamento nos diversos quadros de pessoal, e permitir que na Vitrus se tenha pago um prémio de 400€ (300€ em 2022) e na Vimágua, Casfig, Tempo Livre, Fraterna não se tenha feito o mesmo.
Com esta prática, “motiva-se uns e desmotiva-se outros” funcionários, pagos pelo orçamento do Município. E acrescenta que “ao criar-se excepções, também se criam injustiças, na Câmara aplica-se a lei e na Vitrus a administração faz o que quer”.
Bruno Fernandes não colocou em causa o prémio “se é ou não justo” porque não é essa a questão. O que não compreende é que “a administração macro municipal permita a atribuição de suplementos de salário com critérios de subjectividade evidente”.
Repetindo-se na abordagem deste assunto, o vereador do PSD, afirmou que se a Vitrus paga… “é com o dinheiro desta casa”; se “a Vitrus tem resultados e os distribui em funções do resultado da operação – é porque tem um contrato super valorizado – então a Vimágua e outras entidades deveriam fazer o mesmo”… E “se a gestão da Vitrus é excepcional é porque a das outras empresas não o é”…
Concluiu, sustentado, que se “está a adensar mau estar nos recursos humanos do perímetro municipal”, defendendo “uma harmonização das contratações, dos salários, vencimentos e prémios”.
O presidente da Câmara, também, reafirmou o que disse sobre este apoio incomum e extraordinário, iniciado pela administração da Vitrus. “Sou favorável aos prémios de desempenho” – repetiu Bragança.
Defendeu a implementação de ‘um estudo’ sobre remunerações na administração municipal directa e indirecta, de modo a perceber-se que tipo de remunerações são pagas… “se mínimas, médias ou elevadas”.
Falou de situações ‘problemáticas’ de falta de pessoal, ao nível de quadros, como arquitectos, informáticos. E da falta de resposta nos concursos para pessoal operário, calceteiros, carpinteiros.
Explicou depois que “sou favorável a que cada empresa ou cooperativa municipal, onde a Câmara tenha um representante nos órgãos sociais”… analise esta questão sem o dizer formalmente.
Disse ainda que ‘a estabilidade de emprego’ é o que a Câmara pode fazer para quem deseja empregar-se na administração autárquica.
Terminou, sustentando, que “há ganhos de eficiência na gestão da Vitrus” que podem justificar este prémio extra para os seus trabalhadores.
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