No debate organizado pelo PS de Guimarães, moderado por André Teixeira, Pedro Delgado Alves fez questão de salientar que “a pressão existente sobre o modelo de democracia-liberal que é a nossa, não é um exclusivo de Portugal, e os nossos problemas são, em grande parte, problemas que partilhamos com outras democracias”.
À pergunta se ‘A nossa democracia ainda nos representa?‘, Pedro Delgado Alves, no passado Sábado, na sede do PS de Guimarães, respondeu que “sim, ainda nos representa, mas precisamos de debates como este, porque a democracia exige defesa permanente e qualificada”.
“Os socialistas e os democratas têm de saber lidar com a nova realidade das redes sociais.”
O socialista, recusando a existência de “um manual para nos protegermos”, reflectiu sobre os perigos de “um certo populismo que se arroga a ter direito não só às suas opiniões, mas aos seus próprios factos”. Mas, referiu, “a democracia tem um nível de complexidade com que temos, os democratas, de saber lidar, assumindo, pacientemente, a necessidade de todos convocar e convencer”. Sem ceder às facilidades de fechamento comunicacional, afirmou que “os socialistas e os democratas têm de saber lidar com a nova realidade das redes sociais, que, se têm coisas positivas, também têm contribuído para criar bolhas de incompatibilidade e polarização social e ideológica”.
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Respondendo directamente ao problema da crise da representação democrática, Pedro Delgado Alves defendeu a importância da “afabilidade” e da socialização partidária, dizendo que “encontros como este são exemplo de como se pode aprofundar a democracia e aproximar os representantes dos representados”.
A sessão foi encerrada pelo presidente do PS de Guimarães, Ricardo Costa, que agradeceu a Pedro Delgado Alves a disponibilidade para vir a Guimarães debater cara a cara com os militantes e os vimaranenses. Defendeu, ainda, que “a democracia, para ser a sério, tem que ser um espaço vivo de participação e abertura à sociedade, com vista a construir as melhores soluções para os cidadãos”. “Se Guimarães quer continuar a ser um exemplo no país”, referiu Ricardo Costa, “um exemplo de cultura, de empreendedorismo social, precisamos, como temos feito, de ter todos presentes, todos disponíveis e motivados para as melhores soluções e para a defesa do melhor do património do PS de Guimarães e dos interesses dos vimaranenses”.
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