A vereadora da coligação Juntos por Guimarães, exigiu explicações para o espectáculo de João Baião não poder acontecer no CCVF. O vereador da Cultura, Paulo Silva, justificou a decisão.
O CDS-PP tinha já manifestado, em comunicado, “estupefação” pelas informações sobre a não autorização da realização do espectáculo no Centro Cultural Vila Flor. Desta vez, Vânia Dias trouxe o tema a discussão durante a reunião de Câmara de dia 13 de Outubro.
A vereadora da oposição alega que a Câmara Municipal de Guimarães “não gosta daquele espectáculo e não gosta daquele espectáculo no Centro Cultural Vila Flor”. Acusa a direcção socialista de “reservar aquele espaço do Centro Cultural de Vila Flor para aquilo que entende ser a mais fina flor da programação cultural, que a Câmara de Guimarães determinar e dirigir”.
Vânia Dias não entende o porquê do Município não ceder o local, “querendo o programador cultural aquele espaço”, afirmando que a decisão “não faz sentido”. “Só faz sentido numa visão elitista, numa visão dirigista, numa visão censória, até, daquilo que devem ser os espectáculos que passam ou que estão patentes no Centro Cultural Vila Flor”, acrescenta.
O vereador da Cultura, Paulo Silva, em resposta afirmou que, da parte da coligação Juntos Por Guimarães, o que esperava “seria alguma coerência com aquilo que têm vindo a dizer ao longo dos anos e com as críticas que, por vezes, fazem sobre a governação do Partido Socialista naquilo que diz respeito à política cultural”. O vereador explica que as críticas a que se refere são que “do lado d’A Oficina e do lado do Município havia uma certa municipalização e uma certa canibalização daquilo que era a oferta cultural de todo o território”.
Nas declarações finais, Paulo Silva faz questão de esclarecer que, da parte d’A Oficina e do Município, “não é feita uma avaliação sobre o enquadramento ou sobre a qualidade do espectáculo a apresentar, mas antes sobre como se deve posicionar o município perante aquilo que são as diferentes ofertas que estão no território”.
A alternativa, para o socialista, seria recorrer ao São Mamede como espaço para o espectáculo. Fundamenta, dizendo que há, na cidade, “um operador privado que tem a possibilidade de, através de alugueres de sala, apresentar espectáculos que comercialmente são rentáveis e isso é importante que o Município também preserve e não se sobreponha ao mesmo”. Acrescenta, ainda, que “À Oficina cabe complementar aquela que é a oferta que não é passiva de ser garantida por outros operadores”.
“Não me parece, de todo, que isso seja uma boa política cultural da Câmara”.
Para a vereadora da coligação, estes argumentos não são suficientes, e reitera que “a única justificação que me parecia plausível era dizer-se que o espaço estava ocupado naquela data e portanto não podia ser usado”. Vânia Dias da Silva afirma, sobre a decisão tomada relativamente ao CCVF: “Não me parece, de todo, que isso seja uma boa política cultural da Câmara, até porque aquele espaço é, também, sustentado pelos impostos dos vimaranenses”.
Vai mais longe insistindo que não entende “porque razão a Câmara afasta um bom espectáculo do Centro Cultural Vila Flor, que não está ocupado por nada nessa data, por entender, aparentemente, que ele deve ter ser feito noutro espaço”.
📸 GA!
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