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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Vitória: o clássico com o Boavista pode ser um jogo entretido

Tem tradição, tem história mas falta-lhe a emoção dos velhos tempos porque os tempos são outros.


O Vitória encerra o ano com um jogo em casa, frente ao Boavista, num confronto que nos transporta para a história de uma rivalidade.

No passado, ambos clubes queriam pisar o calcanhar dos grandes, embora a grande luta fosse por um lugar europeu. Por uma vez, o Boavista foi mais além e ganhou um título, noutra foi o Vitória a ganhar uma Taça de Portugal.

Agora, o tempo é resgate, para ambos os emblemas, depois de uma queda numa ascensão que não durou muito.

Amanhã, o Estádio D. Afonso Henriques coloca um Vitória ferido por um desaire nos Açores e um Boavista mimado com um triunfo frente ao Moreirense. Ainda assim, há sete pontos que separam os dois clubes, num campeonato onde o Vitória está melhor que o seu antagonista.

Pepa que virar a página que a derrota com o Santa Clara provocou, numa altura em que o Vitória parecia prolongar um ciclo positivo de exibições e pontos.

O treinador não olha para trás porque “esse jogo já foi”, mesmo que tenha sido o último da competição neste período de pausa para a festa natalícia.

VITÓRIA SC – BOAVISTA | 29 DEZEMBRO 19H00 SportTV

As contas já foram feitas e as ilações tiradas e agora o que uma equipa quer é mesmo “ir para dentro do campo, com vontade de ganhar”, para que “a alegria contagiante e o volume ofensivo que temos mostrado” se repita.

Ganhar significa repor a imagem de “ser iguais a nós próprios, jogar bem, assumir o comando do jogo”. Pepa sabe que o Boavista está na sua melhor fase mas “isso vale o que vale”. Considera importante e prioritário “é que o Vitória jogue ao seu nível”.

Agora, de novo, orientado por Petit, o Boavista “é uma equipa que respira confiança” mas Pepa quer que os seus jogadores também joguem com agressividade, para bater o adversário.

GRÁFICO DE FORMA VITÓRIA SC:

Sabendo que o Boavista tem níveis de agressividade altos, mostra-se mais objectivo, e ter posse de bola, que garante a coesão da equipa, Pepa sabe que o seu Vitória tem de ser constante nos 90’, trabalhar, insistir e sobretudo “reagir”, com a mesma agressividade que mostra em situação de treino.

Insiste nas tónicas do costume que a estabilidade da equipa faz um Vitória maior e mais consistente e capaz de jogar de forma intensa. “O nosso normal e bom permite-nos proporcionar grandes espectáculos” – salienta o treinador.

Marcus Edwards, Ricardo Quaresma, Gui e Sacko ficam de fora, por conta do covid-19. Pepa admite que “todos fazem falta, independentemente do nome que têm na camisola, pois, o mais importante é o símbolo. Todos fazem falta, mas não é nenhum drama”.

“A nossa cabeça está tranquila, porque todos trabalham bem e todos estão pontos”.

Acrescenta que “o que o Ricardo e o Marcus podem acrescentar à equipa, outros vão agora acrescentar. Temos de saber lidar com isso com naturalidade. Temos esta pandemia e temos de saber lidar com ela. Vou ser coerente, o meu discurso é igual. O infortúnio de uns é a oportunidade para outros. A nossa cabeça está tranquila, porque todos trabalham bem e todos estão pontos. Todos nós gostamos de ter a equipa na máxima força, mas há soluções na equipa B e nos sub23, que treinam connosco muitas vezes, com as precauções devidas. Os casos vão aparecer, vemos isso com naturalidade. É uma pena, mas é o que é. Sentimos que temos a equipa preparada, isso é o mais importante” – concluiu.

📸 Vitória SC

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