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Segunda-feira, Novembro 25, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

Os grandes negócios são um bluff…

A história do clube volta a ser marcada e manchada por actos de gestão dos seus directores e administradores. O Vitória Sport Clube e a sociedade anónima desportiva que constituiu em 2012, está a ter reflexos elevados e negativos.

Primeiro porque enquanto SAD o desvario é como um oceano, em actos de gestão por norma criativos que em nada favorecem o clube. Cai o Toural e S. Francisco quando alguém escreve ou diz que o Rei vai nú, também se apela ao regresso da Inquisição quando alguém tem opinião – quase sempre sábia de que o destino do Vitória está marcado.

Mas segue-se um silêncio sepulcral, porque não dizê-lo cobarde, quando actos criminosos se praticam contra o prestígio e honra de uma agremiação desportiva que se identifica com a cidade e o seu pulsar e com o coração de todos os vimaranenses.

Hoje, o Vitória voltou à praça pública por actos concretos de gestão dos seus dirigentes. E nenhum pelos seus associados que continuam permanentemente a apostar no escuro, elegendo dirigentes que entram brancos e saem pretos, que se dizem vitorianos mas o que se sabe é que gostam mais de azul e de encarnado.

Ninguém passou procuração aos dirigentes deste período negro e de outros do passado, para usarem o clube apenas para satisfazer o seu ego e os seus interesses mesquinhos. Ninguém lhes deu procuração para inventarem negócios duvidosos, apresentarem contas que são uma aberração porque sustentadas em contrapartidas de contabilidade criativa. Hoje, é seguro que a contabilidade do merceeiro, feita em papel de embrulho, é mais real e séria do que aquela que é feita com gráficos e com recurso ao Excel.

Julga-se, a torto e a direito, os sócios que têm opinião e a manifestam na rua, nas redes sociais ou nos cafés. Essa crise, mais social, é sinónima de vitalidade e de interesse.

Os sócios dividem-se a condenar, com todas as letras, dirigentes que arvorados em gurus da gestão mais não são do que habilidosos do deve e haver. E bem piores que o merceeiro…

Esses – alguns – andam de cachecol do Vitória, fazem juras de amor ao clube, querem sagrar-se campeões da honestidade, mas são como ratos de esgoto que devoram tudo o que de melhor tem este Vitória que todos idolatramos.

Hoje, exibiu-se mais uma vez o que de pior tem tido o clube: dirigentes capazes de tudo, que até fazem mal, fazendo crer que estão fazendo o bem.

E atiram os sócios uns contra os outros porque sabem que o vitoriano também é ingénuo e com a força que deseja que o seu clube tenha êxito, acredita em tudo o que lhe colocam na mesa.

É neste manjar de promessas e contra-promessas, de que para o ano é que é, de querer ganhar o céu para fugir do inferno.

É neste manjar de promessas e contra-promessas, de que para o ano é que é, de querer ganhar o céu para fugir do inferno, que torna as contas suspeitas, de princípio ao fim, de ontem para hoje, porque a credibilidade que dizem ter é mesmo… nenhuma!

Agora, até não podem dizer que é mentira, que a comunicação social e os jornalistas inventam. Não, os juízes, magistrados, funcionários do fisco, PSP e GNR estão na rua para certificarem o quanto de mau fizeram e fazem ao clube.

E o que ganhou o Vitória com truques contabilísticos, com negociatas esquisitas? Nada… mesmo nada. Nem um vintém…

O lucro vai todo para o vizinho, para o intermediário dito empresário, e prova-se mais uma vez que as vendas e os grandes negócios são um bluff… Vende-se o Tapsoba por milhões e o passivo redobra e continua milionário, o clube ganha muito mas quem ganha é o próximo e o anjo da guarda, o santo.

Quanto não ganhou em vendas o clube? E para quê, se o passivo soma e segue, já passou o alto da Penha e está a pairar no céu!

Mesmo vendendo muito, antecipa-se receitas gasta-se o amanhã e o Vitória fica arruinado, sem futuro. Aos anos e há anos, e assim há-de continuar pela eternidade até que o 25 de Abril chegue ao clube e o Vitória se liberte de anjos e arcanjos, de papistas e do Papa, de gente que devia corar de vergonha quando diz amar e gostar do Vitória…

© 2021 Guimarães, agora!


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