Foram ’48 anos a não esquecer. 50 a celebrar’ que serviram de mote às comemorações de Abril.
Três anos depois de um caminho traçado em conjunto, a comissão dos Democratas de Braga, com o apoio do Município de Guimarães, realizou a cerimónia evocativa do 50º aniversário da tomada de posse da Assembleia Constituinte, que decorreu no auditório do Teatro Jordão na tarde deste Domingo, dia 1 de Junho.
“Um marco inegociável na história de Portugal.”
Paulo Sousa, em representação da comissão, referiu que a cerimónia teve como objectivo celebrar a democracia e recordar, com respeito e gratidão, todos aqueles que se candidataram em 1975 às eleições para a Assembleia Constituinte e que foram eleitos, dando corpo à esperança colectiva da liberdade, “um marco inegociável na história de Portugal”.
António Mota Prego, vimaranense e um dos deputados eleitos, recordou com emoção alguns dos factos que retratam a realidade vivida antes e depois da Revolução dos Cravos. Sublinhou a amizade e cordialidade existente entre todos os deputados, apesar das calorosas discussões em torno das diferentes ideias, e relevou a participação fervorosa da sociedade na discussão dos temas políticos que emergiam no pós-25 de Abril. O deputado vimaranense emocionou-se aquando do relato da leitura da votação final da Constituição de 1975, saída após um longo trabalho de todos os deputados.
“Cuidarmos da democracia e explicarmos, com clareza, os seus valores a todos.”
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal considerou que “não há melhor sociedade do que aquela que vive em democracia, onde a liberdade é valor fundamental”. E lembrou que o desafio que hoje se nos impõe é o de “garantir que os valores constitucionais permaneçam vivos, o que exige a atenção da sociedade actual”. Para o edil, o melhor tributo a quem lutou pela liberdade durante quase meio século é “cuidarmos da democracia e explicarmos, com clareza, os seus valores a todos, em especial aos jovens”.
“O poder é sempre temporário. Exige ética, compromisso, verdade e transparência. O que dizemos, é para cumprir. E, se não for possível cumprir, é preciso explicar porquê” – disse o autarca, para quem “o único compromisso de quem serve o público deve ser com o bem comum”.
Os deputados homenageados foram: Francisco Luís de Sá Malheiro (homenageado presencialmente); Jorge Miranda (representado na cerimónia); Fernando José Sequeira Roriz (ausente); Fernando Alberto Ribeiro da Silva (representado na cerimónia); António Mota Prego (homenageado presencialmente); Adelino Augusto Miranda de Andrade (representado na cerimónia); Agostinho de Jesus Domingues (representado na cerimónia); Francisco Xavier Sampaio Tinoco de Faria (representado na cerimónia) e Joaquim de Oliveira Rodrigues (homenageado presencialmente).
A cerimónia foi abrilhantada através da participação do coro bracarense Allegretus, sob a direcção do maestro Arlindo Ferreira, que proporcionou um momento de beleza e elevação artísticas.
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