- Confessa que a área cultural seria a sua preferida se entrasse numa lista para a vereação. E não tem dúvidas de que Guimarães tem uma forte marca na cultura.
O DESENVOLVIMENTO DE GUIMARÃES
Nunca deixou perceber o seu pensamento político sobre o desenvolvimento de Guimarães. Porquê?
Eu entrei para a política em 2009 porque como cidadão eu me revia na acção política local em Guimarães. Aproximei-se primeiro do PS Guimarães do que do PS Portugal. Ideologicamente, na minha juventude era mais esquerdista do que socialista, andava por outras áreas. A minha aproximação parte daí porque entendia que os executivos socialistas tinham, de facto, dado àquele orgulho, que todos sentimos de ser vimaranense, um conteúdo. E havia razões para isso. Foi isso que me trouxe ao partido. E passados estes anos todos, eu entendo que as razões que estavam na base da minha adesão se mantêm com outros contornos, com outros caminhos mas nos quais me revejam totalmente.
Entrou no último mandato de António Magalhães e só assistiu a quatro anos de muitos avanços no desenvolvimento de Guimarães…
…entrei para a Assembleia Municipal, em 2009.
E antes?
Era um observador atento. Curiosamente, pouca gente sabe, tinha sido convidado em 2005 para integrar a lista da AM e na altura entendi não aceitar. E arrependi-me porque não havia motivo nenhum para não dar uma resposta afirmativa. Havia ali apenas um part pris ideológico de dizer mas eu até sou mais de outra área política quando já me revia na acção política do Município. Não havia razão para não ter aceitado. Em 2009 foi a correcção do erro anterior.
“Isso é uma visão que não tem correspondência com a realidade. Guimarães tem sabido reinventar-se.”
Concorda com os que dizem que Guimarães anda para trás e os Municípios à volta, andam para a frente?
Não concordo. Isso é uma visão que não tem correspondência com a realidade. Guimarães tem sabido reinventar-se. Há quem entenda e defenda isto: Guimarães tinha uma determinada linha e que nunca deveria ter alterado essa linha. As apostas que tinha há uns anos, deveriam ser as apostas reforçadas para sempre. E ao contrário, acho que Guimarães não perde nada em a essas linhas somar outras. E eu acho que isso tem sido feito. A aposta mais nas questões económicas – que são uma imagem de marca dos mandatos de Domingos Bragança, a questão ambiental ou a questão do Desporto – que já vinha de trás – mas a continuação da aposta nisso, a questão da coesão territorial que é outra marca de Domingos Bragança, isso só nos enriquece e não vejo que os outros estejam melhor do que nós.
Foi nessas áreas que mais se sentiu a progressão de Guimarães num contexto de desenvolvimento?
Acho que há uma marca – a ambiental é a mais imediata – que nasce nos mandatos de Domingos Bragança mas se tivesse de escolher uma, era a coesão territorial. A forma como se investiu nas freguesias não tem paralelo com a acção política em Guimarães nos últimos 40 anos.
E quais as que entendem que não se desenvolveram tanto?
Acho que Guimarães conseguiu com essas novas camadas que foi acrescentando… não há propriamente áreas em que se esteja a desinvestir ou seja menos interventiva que outros Municípios. Guimarães conseguiu cobrir o que é espectro das políticas públicas de um Município com a nossa dimensão.
Se estivesse na Câmara qual seria a área em que se sentiria mais à vontade?
(pergunta difícil)… Não sei, se calhar na cultura, na minha área profissional não há nada a não ser a das contra-ordenações e sinceramente não me agradaria muito assumir.
Ou seja, é um adepto daquilo que Domingos Bragança tem feito no Município…
Sou… completamente!
“Nós sempre tivemos instituições culturais fortíssimas.”
Fala-se muito do desenvolvimento protagonizado pelo Município… E então e aquele que é conseguido pela iniciativa privada, pelo movimento cultural, pelas instituições sociais e desportivas?
É indispensável, (fala-se pouco mas devia falar-se mais). É preciso dizer que Guimarães – e isso são marcas da governação socialista – tem na da cultura uma que é decisiva. É preciso dizer que a aposta na cultura não nasceu aí. Nós sempre tivemos instituições culturais fortíssimas. E o Município viveu sempre disso e muito bem. E dessa colaboração e inter-penetração nasce a da qualidade da política pública, na área cultural… E na área económica ainda mais, quer que se queira não, a influência que o Município possa ter nessa área, apesar de tudo tem algumas limitações, o grosso da coluna é feito pelos privados.
Sente que Guimarães é um Município europeu… acha que Guimarães aproveitou bem os fundos estruturais da União Europeia?
Acho que sim. É outra imagem de marca de Domingos Bragança sempre soube captar esses fundos e alavancar a acção do Município muito assente no recebimento desses fundos e fê-lo na Câmara.
Isso tornou Guimarães mais europeu?
Acho que sim… Sem dúvida nenhuma.
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